A reescrita do trauma: a literatura brasileira contemporânea sobre a Shoah
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Soletras (São Gonçalo. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/33533 |
Resumo: | A literatura brasileira contemporânea é prolífera em obras sobre a Shoah. A maior parte delas resulta de extensa pesquisa dos arquivos históricos sobre o Holocausto, de entrevistas e relatos de sobreviventes. A Shoah faz parte dos “Arquivos do Mal”, ou seja, arquivos que foram interditados, dissimulados e, em alguns casos, destruídos, para que não fornecessem a comprovação do horror a que muitos seres humanos foram submetidos. Este artigo analisa o processo de ficcionalização dos arquivos e a sua equiparação a uma experiência da memória. Para tanto, examinamos três romances: Sonata em Auschwitz, de Luiza Valente, O cisne e o aviador, de Heliete Vaitsman, e Nas águas do mesmo rio, de Giselda Leirner, e recorremos à concepção derridiana de arquivo, bem como às reflexões de Pollak sobre a relação entre trauma e memória. Assim como as narrativas históricas sofrem revisões decorrentes de repressões, negações e censuras, a memória é igualmente submetida a um processo de filtragem. Buscamos comprovar que, quando a obra ficcional tematiza as operações mnemônicas, ela o faz de modo análogo, em um jogo entre memória e esquecimento. |
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A reescrita do trauma: a literatura brasileira contemporânea sobre a ShoahShoah. Memória. Esquecimento. FicçãoA literatura brasileira contemporânea é prolífera em obras sobre a Shoah. A maior parte delas resulta de extensa pesquisa dos arquivos históricos sobre o Holocausto, de entrevistas e relatos de sobreviventes. A Shoah faz parte dos “Arquivos do Mal”, ou seja, arquivos que foram interditados, dissimulados e, em alguns casos, destruídos, para que não fornecessem a comprovação do horror a que muitos seres humanos foram submetidos. Este artigo analisa o processo de ficcionalização dos arquivos e a sua equiparação a uma experiência da memória. Para tanto, examinamos três romances: Sonata em Auschwitz, de Luiza Valente, O cisne e o aviador, de Heliete Vaitsman, e Nas águas do mesmo rio, de Giselda Leirner, e recorremos à concepção derridiana de arquivo, bem como às reflexões de Pollak sobre a relação entre trauma e memória. Assim como as narrativas históricas sofrem revisões decorrentes de repressões, negações e censuras, a memória é igualmente submetida a um processo de filtragem. Buscamos comprovar que, quando a obra ficcional tematiza as operações mnemônicas, ela o faz de modo análogo, em um jogo entre memória e esquecimento.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2018-10-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/3353310.12957/soletras.2018.33533SOLETRAS; No. 36 (2018): A literatura em busca de um lugar neste século; 250-268SOLETRAS; N. 36 (2018): A literatura em busca de um lugar neste século; 250-268SOLETRAS; n. 36 (2018): A literatura em busca de um lugar neste século; 250-268Revista Soletras; Núm. 36 (2018): A literatura em busca de um lugar neste século; 250-268SOLETRAS; No. 36 (2018): A literatura em busca de um lugar neste século; 250-2682316-88381519-7778reponame:Soletras (São Gonçalo. Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/33533/26643Copyright (c) 2018 Revista SOLETRASinfo:eu-repo/semantics/openAccessCarreira, Shirley de Souza Gomes2019-10-19T20:23:42Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/33533Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletrasPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/oai||soletrasonline@yahoo.com.br|| paulo.centrorio@uol.com.br|| maricrisribas@uol.com.br2316-88381519-7778opendoar:2019-10-19T20:23:42Soletras (São Gonçalo. Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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