MARIO DE ANDRADE NACIONAL, TRADICIONAL E MODERNO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Soletras (São Gonçalo. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/4647 |
Resumo: | Em sua maioria, os textos que visam tratar da Modernidadetendem a iniciar sua reflexão partindo e ratificando o seu caráter deruptura. O moderno rompe uma ordem pré-existente e estabeleceuma outra ordem. A ordem rompida constitui o passado, e a nova, omoderno. É possível, portanto, perceber uma relação de paralelismoentre os termos moderno e novo, relação para a qual o passado representavaalgo totalmente descartado. A reflexão contemporânea, entretanto,e principalmente o poeta e crítico mexicano Octávio Paz emOs filhos do barro (1984), tem procurado rever e redimensionar acompreensão do que é e do que representa o moderno. Em sua obra,Paz inicia por afirmar que o moderno, justamente por valer-se continuamenteda ruptura, constitui também uma tradição. Tradição singular,que se afirma como ruptura de uma tradição imperante, queserá substituída por uma outra, a qual também será substituída e assimsucessivamente. Portanto, embora o crítico ratifique a noção domoderno como algo que difere e, a princípio, se opõe ao passado, arelação que estabelece entre o moderno e a tradição, assim como aconsciência que o “novo” tem de sua efemeridade indicam uma espéciede “latência da condição de passado” no moderno. Ou seja, omoderno só o é na sua atualidade, o futuro o transformará em umatradição. É na tentativa de escapar a este destino que o moderno buscapriorizar o tempo presente, faz dele o seu “tempo ideal” e se opõeàs tradições anteriores enquanto forma de permanência inalterável dopassado. |
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