Do Naturalismo ao Gótico: as três versões de “Demônios”, de Aluísio Azevedo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: França, Júlio
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Sena, Marina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Soletras (São Gonçalo. Online)
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/12998
Resumo: O presente artigo tem por objetivo refletir sobre a influência da estética gótica na poética naturalista do escritor Aluísio Azevedo. Para tanto, propomos uma leitura de seu conto “Demônios”, uma narrativa de cunho fantástico em que diversos elementos grotescos e mórbidos contribuem para a produção do horror como efeito de recepção. O conto de Azevedo possui três versões: uma em folhetim e duas em livro. A primeira versão foi publicada sob o formato de folhetim no periódico Folha Nova durante o mês de janeiro de 1891; a segunda faz parte da coletânea de contos Demônios, de 1893, organizada pelo próprio autor e publicada pela editora Teixeira Irmãos; e a terceira integra o volume Pegadas, de 1898, organizado e publicado pela editora Garnier. As duas últimas versões da narrativa são significantemente mais curtas do que o folhetim: a segunda difere da primeira por conta da exclusão de um longo episódio de cunho moralizante, e na terceira edição há modificações ainda mais significativas, pois Aluísio Azevedo retirou diversas passagens, sobretudo os trechos com teor sexual explícito e as descrições mais repulsivas. Pretende-se mostrar como essas mudanças, longe de eliminar o caráter gótico da narrativa de Azevedo, afastam-no ainda mais da fatura naturalista.
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