Parentesco translocado, ejemplo Guna (Panamá)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Madi Dias, Diego
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Sexualidad. Salud y Sociedad (Rio de Janeiro)
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/SexualidadSaludySociedad/article/view/29781
Resumo: Com base em uma etnografia realizada entre os Guna (Kuna), população ameríndia que habita a costa atlântica do Panamá, este artigo tem por objetivo refletir sobre parentesco e relacionalidade a partir de sua práxis terminológica. A análise recai sobre os usos do idioma do parentesco por pessoas que afirmam uma subjetividade em desacordo com o gênero atribuído no momento do nascimento (omeggid, categoria local traduzida por "parece mulher"). Considerando as apelações na geração de Ego (G0), especialmente aquelas que remetem à consanguinidade (irmão/sussu; irmã/iolo), o artigo demonstra que a terminologia de parentesco permite conjugar estrutura e estratégia. Chamando alguém por sussu ou iolo, as omeggids produzem para si um lugar de gênero feminino; ao mesmo tempo, em detrimento da troca matrimonial ou aliança, afirmam um "modo de vida" estruturado por relações de amizade.
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