Uma galeria para travestis, gays e seus maridos: Forças discursivas na geração de um acontecimento prisional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Sexualidad. Salud y Sociedad (Rio de Janeiro) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/SexualidadSaludySociedad/article/view/19076 |
Resumo: | O Presídio Central de Porto Alegre criou em 2012 uma galeria destinada a abrigar a população encarcerada de travestis, gays e seus maridos. Considerando que a instituição prisional é historicamente marcada por forte viés heteronormativo e disciplinador, o objetivo deste artigo é analisar algumas das forças discursivas que se articularam de modo original e produtivo para a emergência da galeria. São explorados, preponderantemente, dois elementos: o acoplamento travesti-vítima e a dinâmica de gestão do risco. O primeiro diz respeito ao processo discursivo de produção da identidade travesti vinculada invariavelmente à posição de vítima e como tal relação influencia no processo de (re)humanização desse sujeito quando na vida encarcerada. O segundo descreve como o funcionamento prisional e os princípios disciplinares que regem o cárcere produziram estratégias institucionais para a instalação da galeria. |
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Uma galeria para travestis, gays e seus maridos: Forças discursivas na geração de um acontecimento prisionalUn pabellón para travestis, gays y sus maridos: fuerzas discursivas en la generación de un acontecimiento carcelarioA ward for travestis, gays, and their husbands: Discursive forces in a prison eventtravestipopulação carceráriavitimizaçãogestão de riscoBrasiltravestipoblación carcelariavictimizacióngestión de riesgoBrasiltravestiprisonvictimizationrisk managementBrazilO Presídio Central de Porto Alegre criou em 2012 uma galeria destinada a abrigar a população encarcerada de travestis, gays e seus maridos. Considerando que a instituição prisional é historicamente marcada por forte viés heteronormativo e disciplinador, o objetivo deste artigo é analisar algumas das forças discursivas que se articularam de modo original e produtivo para a emergência da galeria. São explorados, preponderantemente, dois elementos: o acoplamento travesti-vítima e a dinâmica de gestão do risco. O primeiro diz respeito ao processo discursivo de produção da identidade travesti vinculada invariavelmente à posição de vítima e como tal relação influencia no processo de (re)humanização desse sujeito quando na vida encarcerada. O segundo descreve como o funcionamento prisional e os princípios disciplinares que regem o cárcere produziram estratégias institucionais para a instalação da galeria.El Presidio Central de Porto Alegre creó, en 2012, un pabellón destinado a albergar la población carcelaria de travestis, gays y sus maridos. Considerando que la institución carcelaria está históricamente marcada por un fuerte bies heteronormativo y disciplinador, el objetivo de este artículo es analizar algunas de las fuerzas discursivas que se articularon de modo original y productivo para la emergencia de este pabellón. Se exploran, principalmente, dos elementos: el acoplamiento travesti-víctima y la dinámica de gestión del riesgo. El primero refiere al proceso discursivo de producción de la identidad travesti, vinculada invariablemente a la posición de víctima, y cómo tal relación influencia el proceso de (re)humanización de ese sujeto en ocasión de su vida carcelaria. El segundo describe cómo el funcionamiento penitenciario y los principios disciplinarios que rigen la cárcel han producido estrategias institucionales para la instauración del pabellón.In 2012, the Porto Alegre Central Prison created a ward designed to house the inmate population of travestis, gays, and their husbands. Considering that the prison is an institution historically marked by a strong disciplinarian, and heteronormative bias, the purpose of this article is to analyze certain discursive forces that were articulated in an original and productive way for the emergence of the ward. We describe two prominent elements: the conflation of meaning between transvestite and victim, and the dynamics of risk management. The first concerns the discursive process of transvestite identity production, as invariably linked to a victim position, and that relation influences this subject’s process of (re)humanization, as an incarcerated life. The second describes how the prison operation and its disciplinary principles produced institutional strategies for the installation of the ward.CLAM/IMS/UERJ2016-08-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado pelos paresinvestigação empíricaArtículo revisado por pares doble ciegoapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/SexualidadSaludySociedad/article/view/19076Sexuality, Health and Society - Latin American Journal; No. 23 (2016); 140-161Sexualidad, Salud y Sociedad - Revista Latinoamericana; Núm. 23 (2016); 140-161Sexualidade, Saúde e Sociedade Revista Latino-Americana; n. 23 (2016); 140-1611984-6487reponame:Sexualidad. Salud y Sociedad (Rio de Janeiro)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/SexualidadSaludySociedad/article/view/19076/17989Seffner, Fernandoda Silva Passos, Amilton Gustavoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-08-17T15:52:45Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/19076Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/SexualidadSaludySociedadPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/SexualidadSaludySociedad/oaimariaglugones@gmail.com||sexualidadsaludysociedad@gmail.com1984-64871984-6487opendoar:2016-08-17T15:52:45Sexualidad. Salud y Sociedad (Rio de Janeiro) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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