Técnica, liberdade e vontade em Heidegger e Cassirer
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/54491 |
Resumo: | O artigo busca confrontar as posições de Heidegger e Cassirer sobre a técnica. Veremos que ambos os filósofos partem de um diagnóstico semelhante com relação a técnica, vendo-a como um destino do ocidente com o qual precisamos nos reconciliar sob o risco de perdermos nossa liberdade e nos afastarmos de nossa essência. Entretanto, os dois filósofos indicarão caminhos diametralmente opostos sobre a possibilidade de uma existência humana livre na época da técnica. Cassirer, com base em sua filosofia das formas simbólicas, acredita que a técnica deve ser posta a serviço do ser humano mediante o cultivo de uma nova força da vontade e da edificação de um outro reino dos fins. O Heidegger tardio, ao contrário, vê como única possibilidade de liberdade diante da técnica o abandono da vontade e o cultivo de um não-querer, expresso na palavra Gelassenheit. Assim, para Heidegger a posição de Cassirer apenas reproduziria a metafísica da subjetividade e da “vontade de vontade” que se esconde na técnica. Cassirer, por sua vez, identificará na postura heideggeriana diante da técnica com uma mitologia moderna, que estaria nas bases do culto ao estado totalitário. |
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