“Eu não sou sua princesa”: um diálogo entre mulheres

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Fernanda
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/49318
Resumo: Partindo do pressuposto de que a luta das mulheres Indígenas não começa na invenção do feminismo e que, de fato, o conceito de feminismo vem da Europa, este artigo se propõe a dialogar brevemente sobre mulheres Indígenas, feminismos e literatura, através do poema da escritora Indígena Chrystos (1946), “Eu não sou sua princesa” (1988), por mim traduzido. Chrystos discorre sobre os estereótipos e expectativas projetados sobre as mulheres Indígenas na contemporaneidade enquanto resultado da homogeneização feita pelo entendimento feminista eurocêntrico que não as permite espaço enquanto mulheres Indígenas, mesmo quando versadas na cultura da branquitude. Grande parte da retórica do feminismo branco não reverbera nas mulheres Indígenas, mas isso não significa que todos os aspectos do feminismo branco são rejeitados, e as partes compartilhadas não tornam mulheres feministas menos Indígenas. O engajamento com as pautas étnicas, ecológicas e de soberania não apaga a pauta de gênero, resultando no acúmulo de camadas de opressão que precisam ser vencidas. Este trabalho propõe um olhar para o poema de Chrystos que vai além de um discurso feminista branco, propondo uma prática decolonial que seja capaz de produzir outros mundos possíveis e novas epistemes.
id UERJ-18_eb09feac4989c5cffc83a7ab0008ccd8
oai_identifier_str oai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/49318
network_acronym_str UERJ-18
network_name_str Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia
repository_id_str
spelling “Eu não sou sua princesa”: um diálogo entre mulheresMulheres IndígenasFeminismosDecolonizarLiteraturas IndígenasPartindo do pressuposto de que a luta das mulheres Indígenas não começa na invenção do feminismo e que, de fato, o conceito de feminismo vem da Europa, este artigo se propõe a dialogar brevemente sobre mulheres Indígenas, feminismos e literatura, através do poema da escritora Indígena Chrystos (1946), “Eu não sou sua princesa” (1988), por mim traduzido. Chrystos discorre sobre os estereótipos e expectativas projetados sobre as mulheres Indígenas na contemporaneidade enquanto resultado da homogeneização feita pelo entendimento feminista eurocêntrico que não as permite espaço enquanto mulheres Indígenas, mesmo quando versadas na cultura da branquitude. Grande parte da retórica do feminismo branco não reverbera nas mulheres Indígenas, mas isso não significa que todos os aspectos do feminismo branco são rejeitados, e as partes compartilhadas não tornam mulheres feministas menos Indígenas. O engajamento com as pautas étnicas, ecológicas e de soberania não apaga a pauta de gênero, resultando no acúmulo de camadas de opressão que precisam ser vencidas. Este trabalho propõe um olhar para o poema de Chrystos que vai além de um discurso feminista branco, propondo uma prática decolonial que seja capaz de produzir outros mundos possíveis e novas epistemes.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2020-05-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo acadêmicoapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/4931810.12957/ek.2019.49318Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia; v. 8 n. 2 (2019): Feminismos; 151-1642316-4786reponame:Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologiainstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/49318/33642Copyright (c) 2020 Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessVieira, Fernanda2020-06-19T18:27:23Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/49318Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/EkstasisPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/Ekstasis/oai||sr3depext@gmail.com|| revistaekstasis@gmail.com||ppeuerj@gmail.com2316-47862316-4786opendoar:2020-06-19T18:27:23Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false
dc.title.none.fl_str_mv “Eu não sou sua princesa”: um diálogo entre mulheres
title “Eu não sou sua princesa”: um diálogo entre mulheres
spellingShingle “Eu não sou sua princesa”: um diálogo entre mulheres
Vieira, Fernanda
Mulheres Indígenas
Feminismos
Decolonizar
Literaturas Indígenas
title_short “Eu não sou sua princesa”: um diálogo entre mulheres
title_full “Eu não sou sua princesa”: um diálogo entre mulheres
title_fullStr “Eu não sou sua princesa”: um diálogo entre mulheres
title_full_unstemmed “Eu não sou sua princesa”: um diálogo entre mulheres
title_sort “Eu não sou sua princesa”: um diálogo entre mulheres
author Vieira, Fernanda
author_facet Vieira, Fernanda
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vieira, Fernanda
dc.subject.por.fl_str_mv Mulheres Indígenas
Feminismos
Decolonizar
Literaturas Indígenas
topic Mulheres Indígenas
Feminismos
Decolonizar
Literaturas Indígenas
description Partindo do pressuposto de que a luta das mulheres Indígenas não começa na invenção do feminismo e que, de fato, o conceito de feminismo vem da Europa, este artigo se propõe a dialogar brevemente sobre mulheres Indígenas, feminismos e literatura, através do poema da escritora Indígena Chrystos (1946), “Eu não sou sua princesa” (1988), por mim traduzido. Chrystos discorre sobre os estereótipos e expectativas projetados sobre as mulheres Indígenas na contemporaneidade enquanto resultado da homogeneização feita pelo entendimento feminista eurocêntrico que não as permite espaço enquanto mulheres Indígenas, mesmo quando versadas na cultura da branquitude. Grande parte da retórica do feminismo branco não reverbera nas mulheres Indígenas, mas isso não significa que todos os aspectos do feminismo branco são rejeitados, e as partes compartilhadas não tornam mulheres feministas menos Indígenas. O engajamento com as pautas étnicas, ecológicas e de soberania não apaga a pauta de gênero, resultando no acúmulo de camadas de opressão que precisam ser vencidas. Este trabalho propõe um olhar para o poema de Chrystos que vai além de um discurso feminista branco, propondo uma prática decolonial que seja capaz de produzir outros mundos possíveis e novas epistemes.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-05-18
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Artigo acadêmico
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/49318
10.12957/ek.2019.49318
url https://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/49318
identifier_str_mv 10.12957/ek.2019.49318
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/49318/33642
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia; v. 8 n. 2 (2019): Feminismos; 151-164
2316-4786
reponame:Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia
instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
instname_str Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron_str UERJ
institution UERJ
reponame_str Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia
collection Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia
repository.name.fl_str_mv Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
repository.mail.fl_str_mv ||sr3depext@gmail.com|| revistaekstasis@gmail.com||ppeuerj@gmail.com
_version_ 1799317926147260416