Degeneração, subalternidade e favela: Anália, ‘uma mulher de cor preta’ no Rio de Janeiro pós-abolicionista
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Maracanan (Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/maracanan/article/view/57276 |
Resumo: | Este artigo analisa a história de Anália: mulher, negra, pobre, favelada, diversas internações no Hospício Nacional de Alienados (HNA) e condenada a 15 anos de prisão, após cometer um assassinato em 1937. Em sua vida, Anália esteve em conflito com diferentes discursos hegemônicos, como as normais culturais e de gênero de sua época. Em uma das internações no HNA, “uma mulher de cor preta” foi o nome registrado no seu prontuário, o que identificamos como um ato discursivo típico do racismo cultural no Brasil pós-abolicionista. Em diálogo com os estudos subalternos, conectamos o caso Anália ao cotidiano das classes populares, sobretudo à exclusão social e racial, assim como às expectativas de gênero das mulheres negras, no Rio de Janeiro pós-abolicionista. Por fim, relacionamos esse caso e as favelas ao modelo brasileiro de governamentalidade e ao projeto urbano do Rio de Janeiro. |
id |
UERJ-19_89228cbfda752b4e4ac03837c5d20ce2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/57276 |
network_acronym_str |
UERJ-19 |
network_name_str |
Revista Maracanan (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Degeneração, subalternidade e favela: Anália, ‘uma mulher de cor preta’ no Rio de Janeiro pós-abolicionistaPsiquiatriaGêneroCrimeRaçaFavelasEste artigo analisa a história de Anália: mulher, negra, pobre, favelada, diversas internações no Hospício Nacional de Alienados (HNA) e condenada a 15 anos de prisão, após cometer um assassinato em 1937. Em sua vida, Anália esteve em conflito com diferentes discursos hegemônicos, como as normais culturais e de gênero de sua época. Em uma das internações no HNA, “uma mulher de cor preta” foi o nome registrado no seu prontuário, o que identificamos como um ato discursivo típico do racismo cultural no Brasil pós-abolicionista. Em diálogo com os estudos subalternos, conectamos o caso Anália ao cotidiano das classes populares, sobretudo à exclusão social e racial, assim como às expectativas de gênero das mulheres negras, no Rio de Janeiro pós-abolicionista. Por fim, relacionamos esse caso e as favelas ao modelo brasileiro de governamentalidade e ao projeto urbano do Rio de Janeiro.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2021-07-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos paresapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/maracanan/article/view/5727610.12957/revmar.2021.57276Revista Maracanan; n. 27 (2021): Raça, Ciência e Saúde no contexto da escravidão e do pós-Abolição; 194-2212359-00921807-989Xreponame:Revista Maracanan (Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/maracanan/article/view/57276/38434Copyright (c) 2021 Revista Maracananinfo:eu-repo/semantics/openAccessMuñoz, Pedro FelipeDias, Allister A. Teixeira2023-01-30T19:51:12Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/57276Revistahttp://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/maracananPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/maracanan/oairevista.maracanan@gmail.com||revista.maracanan@gmail.com2359-00921807-989Xopendoar:2023-01-30T19:51:12Revista Maracanan (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Degeneração, subalternidade e favela: Anália, ‘uma mulher de cor preta’ no Rio de Janeiro pós-abolicionista |
title |
Degeneração, subalternidade e favela: Anália, ‘uma mulher de cor preta’ no Rio de Janeiro pós-abolicionista |
spellingShingle |
Degeneração, subalternidade e favela: Anália, ‘uma mulher de cor preta’ no Rio de Janeiro pós-abolicionista Muñoz, Pedro Felipe Psiquiatria Gênero Crime Raça Favelas |
title_short |
Degeneração, subalternidade e favela: Anália, ‘uma mulher de cor preta’ no Rio de Janeiro pós-abolicionista |
title_full |
Degeneração, subalternidade e favela: Anália, ‘uma mulher de cor preta’ no Rio de Janeiro pós-abolicionista |
title_fullStr |
Degeneração, subalternidade e favela: Anália, ‘uma mulher de cor preta’ no Rio de Janeiro pós-abolicionista |
title_full_unstemmed |
Degeneração, subalternidade e favela: Anália, ‘uma mulher de cor preta’ no Rio de Janeiro pós-abolicionista |
title_sort |
Degeneração, subalternidade e favela: Anália, ‘uma mulher de cor preta’ no Rio de Janeiro pós-abolicionista |
author |
Muñoz, Pedro Felipe |
author_facet |
Muñoz, Pedro Felipe Dias, Allister A. Teixeira |
author_role |
author |
author2 |
Dias, Allister A. Teixeira |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Muñoz, Pedro Felipe Dias, Allister A. Teixeira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Psiquiatria Gênero Crime Raça Favelas |
topic |
Psiquiatria Gênero Crime Raça Favelas |
description |
Este artigo analisa a história de Anália: mulher, negra, pobre, favelada, diversas internações no Hospício Nacional de Alienados (HNA) e condenada a 15 anos de prisão, após cometer um assassinato em 1937. Em sua vida, Anália esteve em conflito com diferentes discursos hegemônicos, como as normais culturais e de gênero de sua época. Em uma das internações no HNA, “uma mulher de cor preta” foi o nome registrado no seu prontuário, o que identificamos como um ato discursivo típico do racismo cultural no Brasil pós-abolicionista. Em diálogo com os estudos subalternos, conectamos o caso Anália ao cotidiano das classes populares, sobretudo à exclusão social e racial, assim como às expectativas de gênero das mulheres negras, no Rio de Janeiro pós-abolicionista. Por fim, relacionamos esse caso e as favelas ao modelo brasileiro de governamentalidade e ao projeto urbano do Rio de Janeiro. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-07-08 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/maracanan/article/view/57276 10.12957/revmar.2021.57276 |
url |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/maracanan/article/view/57276 |
identifier_str_mv |
10.12957/revmar.2021.57276 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/maracanan/article/view/57276/38434 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 Revista Maracanan info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 Revista Maracanan |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Maracanan; n. 27 (2021): Raça, Ciência e Saúde no contexto da escravidão e do pós-Abolição; 194-221 2359-0092 1807-989X reponame:Revista Maracanan (Online) instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) instacron:UERJ |
instname_str |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
instacron_str |
UERJ |
institution |
UERJ |
reponame_str |
Revista Maracanan (Online) |
collection |
Revista Maracanan (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Maracanan (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista.maracanan@gmail.com||revista.maracanan@gmail.com |
_version_ |
1799317570505932800 |