Escravizados, pobres e livres e povos originários na história rural de Mato Grosso: as roças e a antítese da propriedade pelos caminhos e quilombos (séculos XVIII e XIX)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges, Maria Celma
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Maracanan (Online)
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/maracanan/article/view/44945
Resumo: Para uma discussão das roças encontradas pelos caminhos e quilombos em Mato Grosso, no período entre a Colônia e o Império brasileiro, é preciso uma breve reflexão das questões do presente, envolvendo os pobres da terra, para então tecer uma incursão na história rural da América portuguesa, a fim de ultrapassar o tripé consagrado pela historiografia tradicional como o explicativo da história do Brasil nos seus três primeiros séculos: a monocultura, o trabalho escravo e o latifúndio. Nesse debate, visamos entender a importância da produção de alimentos para o abastecimento interno e o papel dos roceiros, pobres e livres, escravizados e indígenas em meio a esse universo. Ao partirmos da análise de Correspondências Oficiais e de fontes como Relatos Monçoeiros trabalharemos alguns indícios da presença das roças e dos roceiros, em suas diversas categorias, com ênfase para alguns percursos que ligavam o norte e o sul de Mato Grosso, especialmente no contexto das monções. As roças dos pobres e livres no trajeto das monções dos séculos XVIII e início do XIX, tal como o cultivo dos escravizados nos quilombos do norte e sul de Mato Grosso e as plantações indígenas que abasteciam as incursões sertanistas pelo sul, no XIX, explicitadas especialmente no relato de Derrotas, de Joaquim Francisco Lopes, serão temas abordados por trazerem vestígios de produção de alimentos e lugares em que os roceiros, em sua diversidade, viveram e trabalharam.
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