Des-clasificar a Pinocho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Charabati, Esther
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: spa
Título da fonte: Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/77224
Resumo: As Aventuras de Pinóquio é um dos poucos contos de fadas que não apenas resistiu ao teste do tempo, como também se tornou parte da cultura e, 139 anos depois, continua a ser recriado em versões literárias, cinematográficas, teatrais, plásticas e até mesmo pedagógicas. Neste artigo, tentamos abordar alguns dos silêncios que a Disney impôs a uma parte importante da história, deixando de fora, por exemplo, a questão da pobreza. Atualmente, nos perguntamos se um produto cultural como As Aventuras de Pinóquio pode desencadear conversas e reflexões com as crianças de hoje, e se as escolas podem se apropriar desse material para filosofar não só com os alunos, mas também com os adultos. Por que, em um mundo de malfeitores que roubam, trapaceiam, cozinham, vendem ou enforcam crianças, o olhar de reprovação se volta para uma criança que conta mentiras? Por quais experiências uma criança precisa passar para enxergar a si mesma como “má”? Quais são os riscos da classificação, por outro lado, tão necessária no conhecimento? Embora partamos de uma experiência realizada em uma escola na Cidade do México, a análise apresentada aqui se preocupa principalmente com o vínculo entre a(s) leitura(s) e a reflexão filosófica nessa história.
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Por quais experiências uma criança precisa passar para enxergar a si mesma como “má”? Quais são os riscos da classificação, por outro lado, tão necessária no conhecimento? Embora partamos de uma experiência realizada em uma escola na Cidade do México, a análise apresentada aqui se preocupa principalmente com o vínculo entre a(s) leitura(s) e a reflexão filosófica nessa história.ResumenLas aventuras de Pinocho es uno de esos pocos cuentos que no solo ha resistido al paso del tiempo, sino que se incorporó a la cultura y 139 años después, sigue recreándose en versiones literarias, cinematográficas, teatrales, plásticas, incluso pedagógicas. En este artículo tratamos de levantar algunos de los velos con los que Disney cubrió una parte importante de la historia dejando fuera, por ejemplo, el tema de la pobreza. Hoy nos preguntamos si un producto cultural como Las aventuras de Pinocho puede detonar conversaciones y reflexiones con niños de hoy, y si la escuela puede apropiarse de este material para filosofar con los alumnos e incluso con los adultos. ¿Por qué en un mundo de malhechores que roban, engañan, cocinan, venden  o cuelgan a los niños, la mirada reprobatoria está fija en un niño que dice mentiras? ¿Qué experiencias tiene que vivir un niño para verse a sí mismo como “malo”? ¿Cuáles son los riesgos de la clasificación, por otro lado, tan necesaria en el conocimiento? Si bien partimos de una experiencia realizada en una escuela de la Ciudad de México, el análisis que se presenta se ocupa principalmente del vínculo entre la(s) lectura(s) y la reflexión filosófica en este cuento.Palabras claveFilosofia con niños Pinocho Educación no formal  Pinocchio is one of those few stories that has not only stood the test of time, but continues to be recreated in literary, cinematographic and theatrical versions... Pinocchio is no longer just the story written by Carlo Collodi at the end of the 19th century; over the course of 130 years, the social imaginary has incorporated numerous interpretations.  In this article we ask ourselves whether a cultural product such as The Adventures of Pinocchio can trigger conversations and reflections with today's children, and whether the school can appropriate this material to philosophize with students and even with adults. Although we start from an experience carried out in Mexico City, the analysis presented here is mainly concerned with the link between reading and philosophical reflection in this story.Key wordsPhilosophy with children Pinocchio Non-formal education  Pinóquio é um dos poucos contos de fadas que não apenas resistiu ao teste do tempo, mas continua a ser recriado em versões literárias, cinematográficas e teatrais... Pinóquio não é mais apenas a história escrita por Carlo Collodi no final do século XIX; ao longo de 130 anos, o imaginário social incorporou inúmeras interpretações.  Neste artigo, nos perguntamos se um produto cultural como As Aventuras de Pinóquio pode desencadear conversas e reflexões com as crianças de hoje, e se a escola pode se apropriar desse material para filosofar com os alunos e até mesmo com os adultos. Embora partamos de uma experiência realizada na Cidade do México, a análise apresentada aqui se preocupa principalmente com o vínculo entre a leitura e a reflexão filosófica nessa história.Palavras-chaveFilosofia com crianças Pinóquio Educação não formal     Las aventuras de Pinocho es uno de esos pocos cuentos que no solo ha resistido al paso del tiempo, sino que se incorporó a la cultura y, 139 años después, sigue recreándose en versiones literarias, cinematográficas, teatrales, plásticas, incluso pedagógicas. En este artículo tratamos de atender algunos de los silencios que Disney impuso a una parte importante de la historia dejando fuera, por ejemplo, el tema de la pobreza. Hoy nos preguntamos si un producto cultural como Las aventuras de Pinocho puede detonar conversaciones y reflexiones con los niños de hoy, y si la escuela puede apropiarse de este material para filosofar con los alumnos e incluso con los adultos. ¿Por qué en un mundo de malhechores que roban, engañan, cocinan, venden  o cuelgan a los niños, la mirada reprobatoria está fija en un niño que dice mentiras? ¿Qué experiencias tiene que vivir un niño para verse a sí mismo como “malo”? ¿Cuáles son los riesgos de la clasificación, por otro lado, tan necesaria en el conocimiento? Si bien partimos de una experiencia realizada en una escuela de la Ciudad de México, el análisis que se presenta se ocupa principalmente del vínculo entre la(s) lectura(s) y la reflexión filosófica en este cuento. 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