por entre as chamas da infância: presente, memória e transmissão de experiências de violência estatal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/23331 |
Resumo: | This paper works from Wadji Mouawad’s play, Scorched, to examine the problems that the various practices State violence introduce into our political/ cultural scene. I believe that these problems modify the relations between government and the governed on a deep level. I start by referencing Michel Foucault’s remarks on Sophocles’ Oedipus the King; he has returned to this play several times in his writings to outline some traces of our “political unconscious” when it comes to the relationship between power, truth and knowledge. Mouawad’s play not only explicitly enters into dialogue with Oedipus, but updates the staging of these relationships between veridiction, what Foucault refers to as “alethurgy” or “truth-telling,” and power. Mouawad produces this update by displacing the function of witness to the act of recognition which, in Scorched, confirms the properly tragic dimension of the drama. We next pay attention to the position that witnessing, or “testimony” has occupied within the framework of the rationales that the nation state has offered for its violence against portions of its own population, with reference to the juridical notion of genocide or crimes against humanity. From the strong image of childhood as a knife stuck in the throat, offered by Mouawad, we finish our reflections by referring to the current epoch, in which we are confronted with the task of listening to the silence of those murdered and oppressed by the state, and of opening a space for an entrance into the agonism of history; an entrance that undoubtedly modifies central features on the relationships of government that structure our experience. |
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por entre as chamas da infância: presente, memória e transmissão de experiências de violência estatala través de las llamas: presente, memoria y trasmisión de experiencias de violencia estatalamong the flames of childhood: past and present memory and the experience of state violenceWadji MouawadIncêndiosGovernamentalidadeTestemunhoViolência EstatalThis paper works from Wadji Mouawad’s play, Scorched, to examine the problems that the various practices State violence introduce into our political/ cultural scene. I believe that these problems modify the relations between government and the governed on a deep level. I start by referencing Michel Foucault’s remarks on Sophocles’ Oedipus the King; he has returned to this play several times in his writings to outline some traces of our “political unconscious” when it comes to the relationship between power, truth and knowledge. Mouawad’s play not only explicitly enters into dialogue with Oedipus, but updates the staging of these relationships between veridiction, what Foucault refers to as “alethurgy” or “truth-telling,” and power. Mouawad produces this update by displacing the function of witness to the act of recognition which, in Scorched, confirms the properly tragic dimension of the drama. We next pay attention to the position that witnessing, or “testimony” has occupied within the framework of the rationales that the nation state has offered for its violence against portions of its own population, with reference to the juridical notion of genocide or crimes against humanity. From the strong image of childhood as a knife stuck in the throat, offered by Mouawad, we finish our reflections by referring to the current epoch, in which we are confronted with the task of listening to the silence of those murdered and oppressed by the state, and of opening a space for an entrance into the agonism of history; an entrance that undoubtedly modifies central features on the relationships of government that structure our experience.A partir da peça Incêndios, de Wadji Mouawad, dedicamo-nos neste artigo a examinar os problemas que a transmissão de experiências de violência estatal coloca para as relações entre governantes e governados, alterando os contornos da cultura política contemporânea. Partimos das leituras foucaultianas de Édipo-Rei, de Sófocles, na medida em que o autor procura nela os traços de nosso “inconsciente político” no que se refere às relações entre poder, verdade e saber. Passamos à análise da peça de Mouawad, que, em nossa leitura, não apenas dialoga com Sófocles, como atualiza a encenação dessas relações entre veridicção, aleturgia e poder, ao deslocar (conforme a experiência história do século XX) o lugar do testemunho para o reconhecimento que confirma a dimensão propriamente trágica do drama. Dedicamos atenção, em seguida, a pensar que lugar o testemunho ocupou no interior do quadro das diferentes respostas que cada estado nacional ofereceu ao problema da violência empreendida contra parcelas de sua população, conforme a norma jurídica do genocídio ou de crimes contra a humanidade. A partir da imagem forte oferecida por Mouawad, da infância como faca cravada no pescoço, encerramos nossas reflexões referindo-nos ao momento atual, em que se coloca para nós a tarefa de escutar o silêncio e abrir passagem para uma entrada decidida no agonismo da história – o que altera, sem dúvida, aspectos centrais das relações de governo nas quais nos movemos.A partir de la pieza de teatro de Wadji Mouawad, Incendios, dedicamos este artículo a examinar los problemas que la transmisión de la violencia del estado pone para las relaciones entre gobernantes y gobernados, cambiando los contornos de la cultura política contemporánea. Empezamos por las lecturas que Michel Foucault dedicó a Edipo Rey, de Sófocles, en donde buscó huellas de nuestro "inconsciente político" con respecto a las relaciones entre el poder, la verdad y el conocimiento. A seguir, pasamos al análisis de Incendios que, pensamos, no sólo dialoga con Sófocles, sino que actualiza la puesta en escena de estas relaciones entre veridicción, alethurgia y poder, al desplazar (con referencia a la experiencia de las violencias del siglo XX) el lugar del testimonio para el reconocimiento que confirma la dimensión propiamente trágica del drama. Dedicamos atención, entonces, a pensar qué lugar ocupó el testimonio en el marco de las diferentes respuestas que cada estado nacional ofreció al problema de la violencia dirigida contra parcelas de su propia población, de acuerdo con la norma legal de genocidio o de crímenes contra la humanidad. A partir de la fuerte imagen ofrecida por Mouawad – la infancia como un cuchillo clavado en la garganta – terminamos nuestras reflexiones haciendo referencia al momento actual, en el que estamos confrontados por la tarea de escuchar el silencio y de hacer espacio para un decidido ingreso en el agonismo de la historia, lo que cambia, sin duda, aspectos fundamentales de las relaciones de gobierno en las que hoy nos movemos.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2016-06-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/2333110.12957/childphilo.2016.23331childhood & philosophy; Vol. 12 Núm. 23 (2016): ene./abr.; 155-178childhood & philosophy; v. 12 n. 23 (2016): jan./abr.; 155-178childhood & philosophy; Vol. 12 No. 23 (2016): jan./apr.; 155-1781984-5987reponame:Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. 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