Estrutura Social e Crise Política no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Dados - Revista de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582018000400499 |
Resumo: | RESUMO Orientando-se em trabalhos que combinam as tradições marxista e weberiana na análise da estrutura social, o texto estuda a crise brasileira contemporânea como conflito distributivo, envolvendo quatro classes ou estratos (pobres, outsiders, estabelecidos, milionários) definidos a partir de cinco vetores determinantes da desigualdade social: riqueza, posição em contextos hierárquicos, conhecimento, associação seletiva e direitos existenciais. A hipótese orientadora é que a aliança de classes comandada pelo PT trouxe, entre 2003 e 2013, em geral, mais riqueza, conhecimento e direitos existenciais, mas perda de posição para os estabelecidos já que seu poder de excluir outsiders e pobres diminui. A partir de 2014, a crise econômica faz com que todos os grupos percam riqueza, ainda que em proporções distintas. Ao mesmo tempo, as investigações sobre corrupção desarticulam as associações seletivas dos milionários com políticos e o estado. Diante deste quadro, o arranjo distributivo entre capital, trabalho assalariado e estado estabelecido pelo PT em 2003 (o "lulismo") perde sua sustentação na esfera pública e no âmbito parlamentar, culminando com o afastamento de Rousseff. Seu sucessor, Temer, reajustou, sistematicamente, o arranjo distributivo em favor do capital. O novo governo conduzido pelo político de extrema direita Bolsonaro segue na mesma linha. |
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