Intermitências da Crítica sob o Imperativo Marxista das Lutas: Foucault e o Groupe d’Information sur les Prisons (GIP)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Dados - Revista de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582018000400429 |
Resumo: | RESUMO O engajamento dos intelectuais franceses na década de 1970 marcou a emergência de novas modalidades de intervenção pública e uma redefinição das relações entre produção cultural e política. Associada a uma intensa interlocução com os grupos militantes da esquerda extraparlamentar, instituídos ou fortalecidos a partir dos protestos de 68, a mobilização das principais figuras do pensamento francês deflagrou um processo de incorporação das temáticas do "gauchismo", o que significava estabelecer, ainda que por vias nem sempre evidentes, um profundo e tenso diálogo com Marx e os marxismos. Foi uma época de filiações cruzadas e ruidosas, de alianças estratégicas e de grande inventividade organizacional, reunidas e acumuladas nos dispositivos intelectuais de engajamento propostos por ativistas e notórios representantes da Filosofia e Ciências sociais, entre os quais, Michel Foucault e o Groupe d'Information sur les Prisons (GIP). A história do encontro entre Foucault e a questão prisional condensa os principais vetores políticos que deram fisionomia à conjuntura social dos anos 1970, manifestando as contradições de uma teoria fortemente impactada pela experiência militante. O "efeito GIP" sobre Foucault demarca, ao mesmo tempo, o horizonte e os limites de sua crítica e do legado intelectual de sua obra. Com o auxílio de registros documentais do arquivo de Foucault, depositado no Institut Mémoires de l'Édition Contemporaine (IMEC), e do acervo sobre os grupos militantes de 68, localizado na Bibliothèque de Documentation Internationale Contemporaine (BDIC), este texto propõe problematizar essa história. |
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