BASTA DE NOS QUEIMAR!: UMA LEITURA DE “AS COISAS QUE PERDEMOS NO FOGO”, DE MARIANA ENRÍQUEZ
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Abusões |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/71133 |
Resumo: | Resumo: Historicamente, a violência contra a mulher foi tolerada e até mesmo encorajada em muitas sociedades. Apesar de vários avanços provocados pelos movimentos feministas no que diz respeito à legalização dos direitos das mulheres, os casos de feminicídio ainda assombram diversos países. De acordo com Roas (2014), a literatura fantástica contemporânea visa denunciar a anormalidade do cotidiano. Nessa perspectiva, entendemos que o conto “As coisas que perdemos no fogo”, de Mariana Enríquez, pode ser lido a partir dessa premissa, pois consideramos anormal que mulheres sejam agredidas e mortas. O referido conto gira em torno das ações do coletivo de mulheres ardentes, as quais organizam fogueiras para a queima de possíveis vítimas de violência, antecipando-se às futuras agressões. Compreendemos que esta ação insólita questiona o absurdo da violência cometida contra as mulheres. Assim, traçamos como objetivo do presente estudo examinar as estratégias de resistência à violência de gênero utilizadas pelas personagens do mencionado conto. Nosso trabalho se justifica tanto pela oportunidade de visibilizar a obra da autora argentina quanto pela necessidade de provocar inquietações sobre a temática da violência de gênero. Inicialmente, refletimos sobre a produção de autoria feminina fantástica na América Latina. Em seguida, apresentamos algumas considerações sobre o fantástico na contemporaneidade, especialmente, na Argentina. A continuação, examinamos o conto de Enríquez, investigando como as mulheres ardentes foram representadas e discutindo suas estratégias de resistência. Teoricamente nosso trabalho está fundamentado nos estudos de Roas (2014), García (2007), Rodrigues (2007), Lerner (2019), Saffioti (2004), Zolin (2019), entre outros. |
id |
UERJ-24_1dde667fe0e5a10fe9eb5f661c18be40 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/71133 |
network_acronym_str |
UERJ-24 |
network_name_str |
Abusões |
repository_id_str |
|
spelling |
BASTA DE NOS QUEIMAR!: UMA LEITURA DE “AS COISAS QUE PERDEMOS NO FOGO”, DE MARIANA ENRÍQUEZLiteratura fantástica latino-americana de autoria feminina contemporânea. Insólito. Violência de gênero. Mariana Enríquez. Resumo: Historicamente, a violência contra a mulher foi tolerada e até mesmo encorajada em muitas sociedades. Apesar de vários avanços provocados pelos movimentos feministas no que diz respeito à legalização dos direitos das mulheres, os casos de feminicídio ainda assombram diversos países. De acordo com Roas (2014), a literatura fantástica contemporânea visa denunciar a anormalidade do cotidiano. Nessa perspectiva, entendemos que o conto “As coisas que perdemos no fogo”, de Mariana Enríquez, pode ser lido a partir dessa premissa, pois consideramos anormal que mulheres sejam agredidas e mortas. O referido conto gira em torno das ações do coletivo de mulheres ardentes, as quais organizam fogueiras para a queima de possíveis vítimas de violência, antecipando-se às futuras agressões. Compreendemos que esta ação insólita questiona o absurdo da violência cometida contra as mulheres. Assim, traçamos como objetivo do presente estudo examinar as estratégias de resistência à violência de gênero utilizadas pelas personagens do mencionado conto. Nosso trabalho se justifica tanto pela oportunidade de visibilizar a obra da autora argentina quanto pela necessidade de provocar inquietações sobre a temática da violência de gênero. Inicialmente, refletimos sobre a produção de autoria feminina fantástica na América Latina. Em seguida, apresentamos algumas considerações sobre o fantástico na contemporaneidade, especialmente, na Argentina. A continuação, examinamos o conto de Enríquez, investigando como as mulheres ardentes foram representadas e discutindo suas estratégias de resistência. Teoricamente nosso trabalho está fundamentado nos estudos de Roas (2014), García (2007), Rodrigues (2007), Lerner (2019), Saffioti (2004), Zolin (2019), entre outros. Universidade do Estado do Rio de Janeiro2023-08-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/7113310.12957/abusoes.2023.71133Abusões; No. 21: (2023.2) Dossiê: As escritoras latino-americanas e o Insólito FiccionalAbusões; n. 21: (2023.2) Dossiê: As escritoras latino-americanas e o Insólito Ficcional2525-4022reponame:Abusõesinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/71133/47473Copyright (c) 2023 Abusõesinfo:eu-repo/semantics/openAccessAlbuquerque, Maria de Fátima2023-08-15T20:21:33Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/71133Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/abusoesPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/abusoes/oaiabusoes@uerj.br||flavgarc@gmail.com2525-40222525-4022opendoar:2023-08-15T20:21:33Abusões - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
BASTA DE NOS QUEIMAR!: UMA LEITURA DE “AS COISAS QUE PERDEMOS NO FOGO”, DE MARIANA ENRÍQUEZ |
title |
BASTA DE NOS QUEIMAR!: UMA LEITURA DE “AS COISAS QUE PERDEMOS NO FOGO”, DE MARIANA ENRÍQUEZ |
spellingShingle |
BASTA DE NOS QUEIMAR!: UMA LEITURA DE “AS COISAS QUE PERDEMOS NO FOGO”, DE MARIANA ENRÍQUEZ Albuquerque, Maria de Fátima Literatura fantástica latino-americana de autoria feminina contemporânea. Insólito. Violência de gênero. Mariana Enríquez. |
title_short |
BASTA DE NOS QUEIMAR!: UMA LEITURA DE “AS COISAS QUE PERDEMOS NO FOGO”, DE MARIANA ENRÍQUEZ |
title_full |
BASTA DE NOS QUEIMAR!: UMA LEITURA DE “AS COISAS QUE PERDEMOS NO FOGO”, DE MARIANA ENRÍQUEZ |
title_fullStr |
BASTA DE NOS QUEIMAR!: UMA LEITURA DE “AS COISAS QUE PERDEMOS NO FOGO”, DE MARIANA ENRÍQUEZ |
title_full_unstemmed |
BASTA DE NOS QUEIMAR!: UMA LEITURA DE “AS COISAS QUE PERDEMOS NO FOGO”, DE MARIANA ENRÍQUEZ |
title_sort |
BASTA DE NOS QUEIMAR!: UMA LEITURA DE “AS COISAS QUE PERDEMOS NO FOGO”, DE MARIANA ENRÍQUEZ |
author |
Albuquerque, Maria de Fátima |
author_facet |
Albuquerque, Maria de Fátima |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Albuquerque, Maria de Fátima |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Literatura fantástica latino-americana de autoria feminina contemporânea. Insólito. Violência de gênero. Mariana Enríquez. |
topic |
Literatura fantástica latino-americana de autoria feminina contemporânea. Insólito. Violência de gênero. Mariana Enríquez. |
description |
Resumo: Historicamente, a violência contra a mulher foi tolerada e até mesmo encorajada em muitas sociedades. Apesar de vários avanços provocados pelos movimentos feministas no que diz respeito à legalização dos direitos das mulheres, os casos de feminicídio ainda assombram diversos países. De acordo com Roas (2014), a literatura fantástica contemporânea visa denunciar a anormalidade do cotidiano. Nessa perspectiva, entendemos que o conto “As coisas que perdemos no fogo”, de Mariana Enríquez, pode ser lido a partir dessa premissa, pois consideramos anormal que mulheres sejam agredidas e mortas. O referido conto gira em torno das ações do coletivo de mulheres ardentes, as quais organizam fogueiras para a queima de possíveis vítimas de violência, antecipando-se às futuras agressões. Compreendemos que esta ação insólita questiona o absurdo da violência cometida contra as mulheres. Assim, traçamos como objetivo do presente estudo examinar as estratégias de resistência à violência de gênero utilizadas pelas personagens do mencionado conto. Nosso trabalho se justifica tanto pela oportunidade de visibilizar a obra da autora argentina quanto pela necessidade de provocar inquietações sobre a temática da violência de gênero. Inicialmente, refletimos sobre a produção de autoria feminina fantástica na América Latina. Em seguida, apresentamos algumas considerações sobre o fantástico na contemporaneidade, especialmente, na Argentina. A continuação, examinamos o conto de Enríquez, investigando como as mulheres ardentes foram representadas e discutindo suas estratégias de resistência. Teoricamente nosso trabalho está fundamentado nos estudos de Roas (2014), García (2007), Rodrigues (2007), Lerner (2019), Saffioti (2004), Zolin (2019), entre outros. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-08-15 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/71133 10.12957/abusoes.2023.71133 |
url |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/71133 |
identifier_str_mv |
10.12957/abusoes.2023.71133 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/71133/47473 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2023 Abusões info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2023 Abusões |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
Abusões; No. 21: (2023.2) Dossiê: As escritoras latino-americanas e o Insólito Ficcional Abusões; n. 21: (2023.2) Dossiê: As escritoras latino-americanas e o Insólito Ficcional 2525-4022 reponame:Abusões instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) instacron:UERJ |
instname_str |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
instacron_str |
UERJ |
institution |
UERJ |
reponame_str |
Abusões |
collection |
Abusões |
repository.name.fl_str_mv |
Abusões - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
abusoes@uerj.br||flavgarc@gmail.com |
_version_ |
1798325291060297728 |