Apresentação / Editorial - V.14, N.1 2023

• Autor(a) principal: Direito e Práxis, Revista
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Cafrune, Marcelo, Maldonado, Emiliano
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por; eng; spa
• Título da fonte: Revista Direito e Práxis
• Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaceaju/article/view/73127

DOI: 10.1590/2179-8966/2023/73127ApresentaçãoMarço 2023 “Amanhã vai ser outro dia...” cantou Chico Buarque em 1970 em expressão da esperança por um Brasil democrático que lutava contra a ditadura. A democracia foi reconquistada em 1985 e, com ela, assumiu-se o desafio intrínseco de lutar pela efetivação de direitos pactuados em 1988. A conquista da democracia não significou, contudo, a concretização de um projeto permanente. Ela significa um ponto de partida, o qual foi, infelizmente, foi colocado à prova em nossa história recente. O governo, encerrado em 2022, trouxe consigo profundos ataques às instituições democráticas no âmbito de um projeto autoritário e violador das garantias mínimas de proteção da dignidade e da vida. Depois de muitas perdas, lutas e resistência, em outubro de 2022, a democracia pode falar mais alto novamente, e 2023 se inicia como um ano no qual a esperança irá florescer novamente e a democracia começa a ser recuperada.A reconstrução da democracia se estende por todos os espaços da sociedade civil, e a academia deve cada vez mais oferecer sua contribuição. Com essa missão em mente, iniciamos nosso décimo quarto volume da Revista Direito e Práxis com um conjunto de artigos inéditos oriundos de pesquisas rigorosas e engajadas com a pesquisa de caráter crítico. Nossa seção geral traz quatorze artigos que abordam temas como justiça restaurativa, sindicalismo e os efeitos da COVID, teorias da desobediência civil, constitucionalismo e teorias do estado, além de trabalhos no campo do direito e marxismo e da criminologia crítica.A seção especial desse número também oferece uma contribuição mais do que necessária para pensar o papel do direito no âmbito de processos de destruição e extrativismo corporativo dos bens naturais. Os editores convidados, professores Marcelo Cafrune e Emiliano Maldonado nos convidam a ler oito contribuições inéditas de pesquisadores e pesquisadoras internacionais e nacionais sob o tema “Direitos da natureza, extrativismos e litigância climática”. As contribuições selecionadas para o dossiê são um ponto de partida profícuo para a reflexão acadêmica e prática jurídica no âmbito da litigância estratégica contra a catástrofe climática e a devastação dos direitos humanos dos atingidos por projetos extrativistas, cada vez mais presentes no Sul Global.As seções de traduções e resenhas trazem, por fim, um interessante arcabouço de trabalhos e análises de obras da teoria do direito, do pensamento decolonial e das leituras radicais dos direitos humanos. Como sempre, agradecemos a todas e todos que contribuíram para mais essa edição da Revista: autoras e autores, tradutoras e tradutores, editoras convidadas. O trabalho colaborativo é fundamental para a qualidade da nossa publicação! Relembramos que as políticas editoriais para as diferentes seções da Revista podem ser acessadas em nossa página e que as submissões são permanentes e sempre bem-vindas! Agradecemos, como sempre, às autoras e aos autores, avaliadoras e avaliadores e colaboradoras e colaboradores pela confiança depositada na Direito e Práxis. Boa Leitura!                                    Equipe Direito e Práxis***PresentationMarch 2023 "Tomorrow will be another day..." sang Chico Buarque in 1970 as an expression of hope for a democratic Brazil struggling against the dictatorship. Democracy was re-established in 1985 and with it came the intrinsic challenge of fighting for the realization of the rights agreed upon in 1988. The achievement of democracy did not mean, however, the materialization of a permanent project. It meant a starting point, which was, unfortunately, put to the test in our recent history. The government, which ended in 2022, brought with it deep attacks on democratic institutions within the scope of an authoritarian project that violated the minimum guarantees of protection for dignity and life. After many losses, struggles, and resistance, in October 2022, democracy could speak louder again, and 2023 begins as a year in which hope will blossom again and democracy begins to be recovered.The reconstruction of democracy extends to all spaces of civil society, and the academy must increasingly offer its contribution. With this mission in mind, we begin our fourteenth volume of the Revista Direito e Práxis with a set of unpublished articles derived from rigorous and critically engaged research. Our general section features fourteen articles that address topics such as restorative justice, trade unionism and the effects of COVID, theories of civil disobedience, constitutionalism, theories of the state, and works in the fields of law and Marxism and critical criminology.The special section of this issue also offers a more than necessary contribution to think about the role of law within the processes of destruction and corporate extractivism of natural goods. The invited editors, professors Marcelo Cafrune and Emiliano Maldonado, invite us to read eight unpublished contributions by international and national researchers under the theme "Rights of nature, extractivisms and climate litigation". The contributions selected for the dossier are a useful starting point for academic reflection and legal practice in the context of strategic litigation against climate catastrophe and the devastation of the human rights of those affected by extractive projects, which are increasingly present in the Global South.The sections on translations and reviews bring, finally, an interesting body of work and analysis of works of legal theory, decolonial thought, and radical readings of human rights. As always, we thank everyone who contributed to this issue of the Journal: authors, translators, and guest editors. Collaborative work is fundamental to the quality of our publication! We remind you that the editorial policies for the different sections of the journal can be accessed on our website and that submissions are permanent and always welcome! We thank, as always, the authors, reviewers, and collaborators for the trust placed in Direito e Práxis. Enjoy the Reading!Direito e Práxis Team***PresentaciónMarzo 2023 "Mañana será otro día..." cantaba Chico Buarque en 1970 como expresión de esperanza para un Brasil democrático que luchaba contra la dictadura. La democracia fue recuperada en 1985 y con ella vino el desafío intrínseco de luchar por el cumplimiento de los derechos acordados en 1988. La conquista de la democracia no significó, sin embargo, la realización de un proyecto permanente. Significa un punto de partida que, lamentablemente, fue puesto a prueba en nuestra historia reciente. El gobierno que terminó en 2022 trajo consigo profundos ataques a las instituciones democráticas, en el contexto de un proyecto autoritario que violó las garantías mínimas de protección a la dignidad y a la vida. Después de muchas pérdidas, luchas y resistencias, en octubre de 2022, la democracia puede volver a hablar más fuerte, y 2023 comienza como un año en el que la esperanza volverá a florecer y la democracia comienza a ser recuperada.La reconstrucción de la democracia se extiende a todos los espacios de la sociedad civil, y el mundo académico debe ofrecer cada vez más su contribución. Con esta misión en mente, iniciamos nuestro decimocuarto volumen de la Revista Direito e Práxis con un conjunto de artículos inéditos derivados de una investigación rigurosa y comprometida con la indagación crítica. Nuestra sección general reúne catorce artículos que abordan temas como la justicia restaurativa, el sindicalismo y los efectos de la COVID, las teorías de la desobediencia civil, el constitucionalismo y las teorías del Estado, así como trabajos en el campo del derecho y el marxismo, y la criminología crítica.La sección especial de este número también ofrece una contribución muy necesaria a la reflexión sobre el papel del derecho en los procesos de destrucción y extractivismo corporativo de los bienes naturales. Los editores invitados, los profesores Marcelo Cafrune y Emiliano Maldonado, nos invitan a leer ocho contribuciones inéditas de investigadores internacionales y nacionales sobre el tema "Derechos de la naturaleza, extractivismo y litigios climáticos". Las contribuciones seleccionadas para el dossier son un punto de partida útil para la reflexión académica y la práctica jurídica en el contexto del litigio estratégico contra la catástrofe climática y la devastación de los derechos humanos de los afectados por los proyectos extractivos, cada vez más presentes en el Sur Global.Las secciones de traducciones y reseñas aportan, por último, un interesante conjunto de trabajos y análisis de obras de teoría jurídica, pensamiento decolonial y lecturas radicales de los derechos humanos. Como siempre, damos las gracias a todos los que han contribuido a este número de la Revista: autores, traductores, editores invitados. El trabajo en colaboración es fundamental para la calidad de nuestra publicación. Les recordamos que las políticas editoriales de las distintas secciones de la Revista pueden consultarse en nuestro sitio web y que las contribuciones son permanentes y siempre bienvenidas. Agradecemos, como siempre, a los autores y autoras, revisores y revisoras, colaboradores y colaboradoras por la confianza depositada en Direito e Práxis. ¡Disfrute de su lectura!Equipo Direito e Práxis