Psiquiatria Biológica e Psicofarmacologia: a formação de uma rede tecnocientífica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar,Marcela Peralva
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Ortega,Francisco Javier Guerrero
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Physis (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312017000400889
Resumo: Resumo A Psiquiatria Biológica emerge nos anos de 1980, nos Estados Unidos, com a publicação do DSM-III (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders). Este manual tem a proposta de ser a-teórico e apresentar descrições objetivas dos, então, chamados “distúrbios mentais” a partir de um critério classificatório que não inclui discussões acerca da etiologia destes “distúrbios”. Isto implica que, apesar da denominação biológica conferida a esta vertente psiquiátrica, não houve nenhuma descoberta acerca da etiologia biológica destes distúrbios que justificasse sua denominação e seu estrondoso sucesso mundial. Neste artigo, pretendemos analisar as modificações ocorridas na psiquiatria norte-americana a partir da introdução do DSM-III, dos primeiros medicamentos psicotrópicos e o subsequente papel desempenhado pela indústria farmacêutica neste processo. Desse modo, o que está em análise neste artigo é que, ao se apropriar dos medicamentos psicotrópicos como primeira opção terapêutica, a Psiquiatria Biológica cria uma aliança com a indústria farmacêutica que a insere numa rede tecnocientífica que dificulta saber os limites entre Psiquiatria Biológica, Psicofarmacologia e Indústria farmacêutica.
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