A face marcada: as múltiplas implicações da vitimização feminina nas relações amorosas
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Physis (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312014000200623 |
Resumo: | O artigo analisa narrativas femininas sobre relações conjugais violentas, particularmente, casos nos quais ocorreram danos ao rosto da mulher agredida pelo parceiro. Foram objetivos da pesquisa: apreender os sentidos atribuídos pelas vítimas à violência vivenciada e identificar as implicações decorrentes da experiência vitimizadora. O estudo foi realizado a partir de entrevistas com mulheres usuárias de instituições públicas nas áreas da segurança pública, saúde, assistência psicossocial e educação. Elaborada sob a ótica da sociologia do corpo que reconhece a face como locus privilegiado, a análise evidenciou o caráter invasivo das agressões ao rosto feminino ao produzirem marcas físicas e emocionais que vão repercutir, a curto e longo prazo, na vida das mulheres. À luz da perspectiva feminista relacional, emergiram questões atinentes a ambos os cônjuges na produção do convívio violento, mediadas pelas construções sociais de gênero. Reverberações das agressões sobre o sentimento de identidade e da depreciação da autoimagem foram enfatizadas como geradoras de intenso sofrimento psíquico. Além disso, os resultados apontaram para limites no modelo de atenção biomédico, ainda predominante nos serviços de saúde, para lidar com a complexidade envolvida na vitimização conjugal feminina, bem como para a necessidade de articulação das várias áreas de atuação que tangenciam esse fenômeno. |
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