Trabalho, saúde e subjetividade sob o olhar dos trabalhadores administrativo-operacionais de um hospital geral, público e universitário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bianchessi,Desiree Luzardo Cardozo
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Tittoni,Jaqueline
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Physis (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312009000400004
Resumo: Este estudo se inscreve no campo da saúde do trabalhador, analisando o trabalho hospitalar a partir das experiências dos trabalhadores. O objetivo da investigação foi analisar o sofrimento dos trabalhadores da área administrativo-operacional e as estratégias de produção de saúde, em razão da frequente ocorrência de adoecimentos e afastamentos do trabalho. O campo conceitual articula os conceitos de trabalho, saúde e subjetividade, buscando a ampliação da análise dos aspectos centrados no diagnóstico clínico. Nas estratégias metodológicas parte-se dos pressupostos da pesquisa-intervenção, utilizando o grupo-dispositivo para operar no campo, aliado às entrevistas individuais, observações nos locais de trabalho e intervenção fotográfica. As análises apontam a configuração do sofrimento do trabalhador administrativo-operacional relacionada à vivência da invisibilidade, gerada pelos embates nas relações profissionais na organização do trabalho no hospital, onde seu lugar é associado ao desvalor e à desqualificação. Os jogos de verdade no hospital mostram que o trabalho reconhecido como tendo valor está ligado à medicina e ao lugar de destaque que o saber médico ocupa historicamente no hospital. Os trabalhadores estudados sugerem vivências de impotência frente às demandas dos pacientes e familiares, considerando as limitações impostas pelas políticas públicas na área de saúde. Frente aos tensionamentos originados nessas vivências, produzem estratégias ligadas à produção da saúde e ao enfrentamento do cotidiano de trabalho no hospital. A pesquisa intervenção propiciou agenciamentos múltiplos no grupo, tornando mais viável efetivar as transformações necessárias nas relações de trabalho, trazendo novos sentidos e buscando outros modos de subjetivação.
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