Rituais e símbolos na atenção formal à saúde: o caso do vestuário profissional, na ótica de pacientes da Atenção Básica
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Physis (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312012000200006 |
Resumo: | Este trabalho teve como objetivo analisar e interpretar as reflexões e experiências de usuários frequentadores do serviço de Atenção Primária à Saúde / Unidades de Saúde da Família (USF) sobre o uso do jaleco branco ou roupas brancas por médicos e outros profissionais de saúde. O método utilizado foi o de entrevistas individuais com questões abertas, em profundidade, com usuários de USF, transcritas integralmente e analisadas quanto ao conteúdo e enunciados. A amostra foi fechada por saturação teórica. Como resultado, identificou-se nas 11 entrevistas uma marcante assimetria sociocultural e psicológica como pano de fundo dos três núcleos de sentido identificados: vestuário como marca identitária; vestuário não valorizado como símbolo de competência profissional e vestuário interferindo, positiva ou negativamente, nas relações entre clínicos e pacientes. Discutem-se a premência à simbolização na área da saúde, as dificuldades dos participantes em discorrer sobre o tema e sobre o porquê da emergência de possíveis novos símbolos de competência. Finalmente, concluiu-se que compreender os significados atribuídos pelos usuários dos sistemas de saúde aos atos e práticas realizados por seus cuidadores pode contribuir para o aperfeiçoamento progressivo dessas práticas formais de cuidado. Embora as funções ritualísticas dos comportamentos e objetos utilizados nos atos de cuidado à saúde sejam mais facilmente observadas nas chamadas práticas informais e populares, elas persistem nas maneiras formais ou profissionais de agir. Esse tipo de fenômeno se deu após a emergência da medicina científica moderna, com o jaleco branco, por exemplo, e ainda se dá, na atualidade, embora novos símbolos pareçam surgir e ocupar esse espaço ritualístico. |
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