Política e população: dados sobre um estado de duas caras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1991 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Physis (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73311991000100005 |
Resumo: | O trabalho lida com dados produzidos pelo Suplemento à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 1986 pelo IBGE, sobre o uso de métodos anticoncepcionais pelas mulheres brasileiras entre quinze e 54 anos de idade. Embora encarando o planejamento familiar como o território do encontro entre duas ordens - a primeira, aquela propriamente política é através da qual o Estado define as mulheres que estão destinadas a perpetuar o cidadão, selecionando os que devem nascer e merecer o uso do patrimônio público; e a segunda, privada, da família e de sua economia interna de recursos, inclusive simbólicos - o texto privilegia apenas uma delas. De fato, a preocupação é a de examinar características da oferta de serviços anticoncepcionais por parte de um Estado concebido com os atributos do liberalismo e impedido, por sua natureza, de realizar uma política explícita de controle de natalidade. Nesse contexto, intriga a expansão acelerada da esterilização e sua aparente desordem: ela não se difunde associada a prevalência regional de analfabetismo ou pobreza. Ela pode se encontrar em qualquer parte, estando ausente de outras dotadas de perfil sócio-econômico semelhante. O trabalho, pois, se ocupa em ordenar a desordem e em dar sentido à substituição da pílula pela laqueadura de trompa como o método mais popular de evitar uma gravidez indesejada. |
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