A imagem corporal nas ações educativas em autocuidado para pessoas que tiveram hanseníase

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista,Talitha Vieira Gonçalves
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Vieira,Carmen Silvia de Campos Almeida, Paula,Maria Angela Boccara de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Physis (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312014000100089
Resumo: Os comprometimentos físicos ocasionados pela hanseníase são pactuados nas ações do Plano Nacional de Controle da Hanseníase e são considerados um grave problema de saúde pública. Como forma de prevenir o avanço de incapacidades, o Ministério da Saúde propõe ações educativas em autocuidado. No entanto, apesar da enfática importância da realização do autocuidado, observa-se a não aderência dos pacientes ao programa, que pode ser justificada, dentre outros motivos, pela desestruturação de sua imagem corporal e pelo estigma advindo das representações sociais do corpo "leproso". Sendo assim, acredita-se na importância de ampliar o discurso tecnicista nas ações educativas em autocuidado, considerando a imagem corporal como aspecto importante nas estratégias de tratamento da doença. Objetiva-se conhecer a imagem corporal de pessoas que tiveram hanseníase e que desenvolveram incapacidades físicas. Para tanto, aplicou-se o teste psicológico Desenho da Figura Humana (DFH), com ênfase na análise interpretativa das mãos e dos pés, locais mais afetados pela hanseníase, em cinco mulheres cadastradas e em acompanhamento no Programa de Autocuidado em Hanseníase de um Ambulatório Regional de Especialidades de um município do Vale do Paraíba Paulista. O teste foi realizado no período de março a dezembro de 2009. Os resultados revelaram a não inclusão ou a desfiguração de mãos e pés. Existe uma falta de integração dessas regiões à consciência, acarretando desestruturação da imagem corporal, que pode decorrer tanto da perda de sensibilidade cutânea como da deformidade advindas da doença. Infere-se que essa desestruturação da imagem corporal dificulta a aderência ao autocuidado e a sociabilização dessas pessoas, aumentando o estigma da hanseníase.
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