Saberes e práticas médicas e a constituição da identidade pessoal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Physis (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312006000100004 |
Resumo: | O objetivo deste artigo é examinar a relação entre práticas de saúde e a constituição da identidade pessoal. Nosso ponto de partida é a tese foucaultiana de que a medicina moderna inaugura um campo de conhecimento científico sobre o corpo, tendo em vista sua objetivação a partir da referência à morte. O lugar central do corpo no domínio médico possibilita uma forma de relação do sujeito consigo mesmo na qual a consciência de si como singularidade, ou seja, como eu mesmo, se confunde com a individualidade orgânica. Pressupomos que no contexto da clínica a formação da identidade se caracteriza pelo fato de estar circunscrita aos limites da corporeidade. Entretanto, na atualidade, com a biomedicina, o corpo se torna objeto de manipulação do indivíduo, transformando a relação de identidade entre subjetividade e corporeidade. Desencarnada, a identidade pessoal se torna realidade freneticamente mutante. |
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