Judicialização ou juridicização? As instituições jurídicas e suas estratégias na saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Asensi,Felipe Dutra
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Physis (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312010000100004
Resumo: A história da formação do campo da saúde no Brasil foi feita de incontáveis disputas. Em 1988, a Assembleia Constituinte, no rastro do processo de redemocratização do país, foi a principal arena desses embates, cujo resultado, lavrado na Carta Magna, apontava finalmente para a transformação das políticas sociais no Brasil. Obtivemos o direito de cidadania como estatuto essencial de nossa nacionalidade, e o direito à saúde como princípio de cidadania. No contexto de efetivação de direitos, observa-se a discussão sobre as instituições jurídicas, com especial destaque para o Ministério Público, Defensoria Pública e Judiciário. Observa-se que a efetivação do direito à saúde envolve a preservação da continuidade das políticas públicas por meio do diálogo. Deste modo, os conflitos políticos sofrem muito mais uma juridicização (conflitos são discutidos sob o ponto de vista jurídico) do que uma judicialização (ao máximo, se evita levá-los ao Judiciário), pois a intenção consiste em evitar a via judicial e adotar múltiplas estratégias e pactuações extrajudiciais. A possibilidade de atuar de forma independente permite o destaque político do MP como mediador na saúde. A própria ideia de direito à saúde passa a receber um novo significado, que engloba um caráter interdisciplinar, o que amplia as possibilidades de atuação do MP em sua garantia e auxilia na própria defesa de uma política de saúde duradoura que vise a aproximar o mundo do direito do mundo dos fatos.
id UERJ-3_9ad584bef824d087e98044382d047266
oai_identifier_str oai:scielo:S0103-73312010000100004
network_acronym_str UERJ-3
network_name_str Physis (Online)
repository_id_str
spelling Judicialização ou juridicização? As instituições jurídicas e suas estratégias na saúdeJuridicização da saúdeMinistério PúblicoDireito à saúdeJudicialização da saúdeA história da formação do campo da saúde no Brasil foi feita de incontáveis disputas. Em 1988, a Assembleia Constituinte, no rastro do processo de redemocratização do país, foi a principal arena desses embates, cujo resultado, lavrado na Carta Magna, apontava finalmente para a transformação das políticas sociais no Brasil. Obtivemos o direito de cidadania como estatuto essencial de nossa nacionalidade, e o direito à saúde como princípio de cidadania. No contexto de efetivação de direitos, observa-se a discussão sobre as instituições jurídicas, com especial destaque para o Ministério Público, Defensoria Pública e Judiciário. Observa-se que a efetivação do direito à saúde envolve a preservação da continuidade das políticas públicas por meio do diálogo. Deste modo, os conflitos políticos sofrem muito mais uma juridicização (conflitos são discutidos sob o ponto de vista jurídico) do que uma judicialização (ao máximo, se evita levá-los ao Judiciário), pois a intenção consiste em evitar a via judicial e adotar múltiplas estratégias e pactuações extrajudiciais. A possibilidade de atuar de forma independente permite o destaque político do MP como mediador na saúde. A própria ideia de direito à saúde passa a receber um novo significado, que engloba um caráter interdisciplinar, o que amplia as possibilidades de atuação do MP em sua garantia e auxilia na própria defesa de uma política de saúde duradoura que vise a aproximar o mundo do direito do mundo dos fatos.PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva2010-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312010000100004Physis: Revista de Saúde Coletiva v.20 n.1 2010reponame:Physis (Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJ10.1590/S0103-73312010000100004info:eu-repo/semantics/openAccessAsensi,Felipe Dutrapor2010-05-21T00:00:00Zoai:scielo:S0103-73312010000100004Revistahttp://www.scielo.br/physishttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||publicacoes@ims.uerj.br1809-44810103-7331opendoar:2010-05-21T00:00Physis (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Judicialização ou juridicização? As instituições jurídicas e suas estratégias na saúde
title Judicialização ou juridicização? As instituições jurídicas e suas estratégias na saúde
spellingShingle Judicialização ou juridicização? As instituições jurídicas e suas estratégias na saúde
Asensi,Felipe Dutra
Juridicização da saúde
Ministério Público
Direito à saúde
Judicialização da saúde
title_short Judicialização ou juridicização? As instituições jurídicas e suas estratégias na saúde
title_full Judicialização ou juridicização? As instituições jurídicas e suas estratégias na saúde
title_fullStr Judicialização ou juridicização? As instituições jurídicas e suas estratégias na saúde
title_full_unstemmed Judicialização ou juridicização? As instituições jurídicas e suas estratégias na saúde
title_sort Judicialização ou juridicização? As instituições jurídicas e suas estratégias na saúde
author Asensi,Felipe Dutra
author_facet Asensi,Felipe Dutra
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Asensi,Felipe Dutra
dc.subject.por.fl_str_mv Juridicização da saúde
Ministério Público
Direito à saúde
Judicialização da saúde
topic Juridicização da saúde
Ministério Público
Direito à saúde
Judicialização da saúde
description A história da formação do campo da saúde no Brasil foi feita de incontáveis disputas. Em 1988, a Assembleia Constituinte, no rastro do processo de redemocratização do país, foi a principal arena desses embates, cujo resultado, lavrado na Carta Magna, apontava finalmente para a transformação das políticas sociais no Brasil. Obtivemos o direito de cidadania como estatuto essencial de nossa nacionalidade, e o direito à saúde como princípio de cidadania. No contexto de efetivação de direitos, observa-se a discussão sobre as instituições jurídicas, com especial destaque para o Ministério Público, Defensoria Pública e Judiciário. Observa-se que a efetivação do direito à saúde envolve a preservação da continuidade das políticas públicas por meio do diálogo. Deste modo, os conflitos políticos sofrem muito mais uma juridicização (conflitos são discutidos sob o ponto de vista jurídico) do que uma judicialização (ao máximo, se evita levá-los ao Judiciário), pois a intenção consiste em evitar a via judicial e adotar múltiplas estratégias e pactuações extrajudiciais. A possibilidade de atuar de forma independente permite o destaque político do MP como mediador na saúde. A própria ideia de direito à saúde passa a receber um novo significado, que engloba um caráter interdisciplinar, o que amplia as possibilidades de atuação do MP em sua garantia e auxilia na própria defesa de uma política de saúde duradoura que vise a aproximar o mundo do direito do mundo dos fatos.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312010000100004
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312010000100004
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0103-73312010000100004
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva
publisher.none.fl_str_mv PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva
dc.source.none.fl_str_mv Physis: Revista de Saúde Coletiva v.20 n.1 2010
reponame:Physis (Online)
instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
instname_str Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron_str UERJ
institution UERJ
reponame_str Physis (Online)
collection Physis (Online)
repository.name.fl_str_mv Physis (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
repository.mail.fl_str_mv ||publicacoes@ims.uerj.br
_version_ 1750309031491141632