Saúde indígena potyguara: por outras configurações políticas e estéticas na Saúde Coletiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUSA,MARIA LIDIANY TRIBUTINO
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: CAPRARA,ANDREA
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Physis (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312019000200608
Resumo: Resumo Desde seu entendimento como ausência de doença, bem-estar, até direito humano, o conceito saúde indígena, na literatura acadêmica, apresenta-se empobrecido de questões que dizem respeito à vida nas aldeias indígenas. São reduzidas as publicações no Ceará, sendo a maior parte, principalmente, de pesquisadores da Antropologia e da História que trabalham com questões sobre territorialização, etnicidade e espiritualidade. Desse modo iniciou-se, em 2008, em uma universidade do Estado do Ceará, um projeto sobre “Saúde Intercultural”, em três etapas, que prosseguiu de 2015 a 2017, com o desenvolvimento de uma tese de doutorado, com o objetivo de provocar uma cartografia dos modos de saúde potyguara em Monsenhor Tabosa, para deslocar a maneira de percebermos a saúde com arte, política e ética na área da Saúde Coletiva. As danças, os cantos, os gritos, o segredo das rezas, o uso das tecnologias são produções que criam rachaduras e desestabilizam as compreensões que temos de saúde, política e estética. As ações políticas indígenas possuem aberturas às inovações, e os potyguara têm possibilitado deslocamentos no que vem sendo reiterado e reificado como saúde indígena através da literatura acadêmica, trazendo novas estéticas que assumem a saúde como produção de vida.
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