A percepção de si como sujeito-da-doença
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1991 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Physis (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73311991000200008 |
Resumo: | Este artigo tem como objetivo retomar a análise de Michel Foucault sobre os tipos de poder que tornam os seres humanos sujeitos, para pensar a questão de como o sujeito se percebe a si próprio como passível de ser um sujeito-da-doença. O corpo sujeitado pela doença expressa concretamente como se estabelece uma relação de poder. Procurando analisar essa configuração, tento caracterizar, em primeiro lugar, as condições externas para a percepção de si como sujeito e, em seguida, a articulação interna, ou seja, como o próprio sujeito se vê. As raízes sociais da percepção de si como sujeito remetem aos diversos discursos sobre/do sujeito, que correspondem a estratégias de determinados sistemas (religioso, da medicinae outros). Todavia, do ponto de vista do sujeito, a condição para uma percepção de si como passível de ser sujeito-da-doença está presente na medida em que se vê, de um lado, cuidado pelo Estado e, de outro, cuidando de si. A partir daí, procuro mostrar como decorre o "tornar-se doente", termo genérico que abrange três formas seqüenciais: "estou doente", "sou doente", "sou paciente". |
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A percepção de si como sujeito-da-doençaEste artigo tem como objetivo retomar a análise de Michel Foucault sobre os tipos de poder que tornam os seres humanos sujeitos, para pensar a questão de como o sujeito se percebe a si próprio como passível de ser um sujeito-da-doença. O corpo sujeitado pela doença expressa concretamente como se estabelece uma relação de poder. Procurando analisar essa configuração, tento caracterizar, em primeiro lugar, as condições externas para a percepção de si como sujeito e, em seguida, a articulação interna, ou seja, como o próprio sujeito se vê. As raízes sociais da percepção de si como sujeito remetem aos diversos discursos sobre/do sujeito, que correspondem a estratégias de determinados sistemas (religioso, da medicinae outros). Todavia, do ponto de vista do sujeito, a condição para uma percepção de si como passível de ser sujeito-da-doença está presente na medida em que se vê, de um lado, cuidado pelo Estado e, de outro, cuidando de si. A partir daí, procuro mostrar como decorre o "tornar-se doente", termo genérico que abrange três formas seqüenciais: "estou doente", "sou doente", "sou paciente".PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva1991-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73311991000200008Physis: Revista de Saúde Coletiva v.1 n.2 1991reponame:Physis (Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJ10.1590/S0103-73311991000200008info:eu-repo/semantics/openAccessHerzog,Reginapor2011-10-06T00:00:00Zoai:scielo:S0103-73311991000200008Revistahttp://www.scielo.br/physishttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||publicacoes@ims.uerj.br1809-44810103-7331opendoar:2011-10-06T00:00Physis (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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