Psicanálise modernista no Brasil: um recorte histórico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Facchinetti,Cristiana
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Physis (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312003000100006
Resumo: O presente artigo partiu do pressuposto de que o discurso psicanalítico é sempre apropriado por um intérprete que se filia a uma tradição histórica e cultural. Nesta perspectiva, a produção de subjetividade, que tem lugar na clínica psicanalítica, será marcada por essa tradição privilegiada pelo analista. Assim, julgou-se de grande relevância a investigação das vias discursivas de entrada da psicanálise no Brasil, indicando os pontos de ancoragem da mesma na cultura e na história locais. Com este intuito, traçou-se o processo de urbanização e modernização do Brasil no início do século XX e a entrada da psicanálise em um campo de forças divergentes. Encontrou-se um embate pela hegemonia discursiva entre duas leituras que se constituíram como antagônicas e inconciliáveis, e que levaram a dois modos distintos de uso instrumental da psicanálise: de um lado, o discurso psiquiátrico-higienista, com sua leitura reformista e universalizante da psicanálise; de outro, o discurso da vanguarda modernista, com a leitura da subversão dos códigos estabelecidos e da busca de singularidade. Ambos se constituíram no rastro da busca de forjar o brasileiro que se desejava. Este trabalho percorre o viés da psicanálise modernista, com sua utilização singular para a análise da cultura e das subjetividades, bem como sua função de construção de novos mundos.
id UERJ-3_f646083e260c432445b2cb4d4507ec0d
oai_identifier_str oai:scielo:S0103-73312003000100006
network_acronym_str UERJ-3
network_name_str Physis (Online)
repository_id_str
spelling Psicanálise modernista no Brasil: um recorte históricoBrasilhistóriapsicanálisemodernismoO presente artigo partiu do pressuposto de que o discurso psicanalítico é sempre apropriado por um intérprete que se filia a uma tradição histórica e cultural. Nesta perspectiva, a produção de subjetividade, que tem lugar na clínica psicanalítica, será marcada por essa tradição privilegiada pelo analista. Assim, julgou-se de grande relevância a investigação das vias discursivas de entrada da psicanálise no Brasil, indicando os pontos de ancoragem da mesma na cultura e na história locais. Com este intuito, traçou-se o processo de urbanização e modernização do Brasil no início do século XX e a entrada da psicanálise em um campo de forças divergentes. Encontrou-se um embate pela hegemonia discursiva entre duas leituras que se constituíram como antagônicas e inconciliáveis, e que levaram a dois modos distintos de uso instrumental da psicanálise: de um lado, o discurso psiquiátrico-higienista, com sua leitura reformista e universalizante da psicanálise; de outro, o discurso da vanguarda modernista, com a leitura da subversão dos códigos estabelecidos e da busca de singularidade. Ambos se constituíram no rastro da busca de forjar o brasileiro que se desejava. Este trabalho percorre o viés da psicanálise modernista, com sua utilização singular para a análise da cultura e das subjetividades, bem como sua função de construção de novos mundos.PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva2003-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312003000100006Physis: Revista de Saúde Coletiva v.13 n.1 2003reponame:Physis (Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJ10.1590/S0103-73312003000100006info:eu-repo/semantics/openAccessFacchinetti,Cristianapor2008-07-11T00:00:00Zoai:scielo:S0103-73312003000100006Revistahttp://www.scielo.br/physishttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||publicacoes@ims.uerj.br1809-44810103-7331opendoar:2008-07-11T00:00Physis (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Psicanálise modernista no Brasil: um recorte histórico
title Psicanálise modernista no Brasil: um recorte histórico
spellingShingle Psicanálise modernista no Brasil: um recorte histórico
Facchinetti,Cristiana
Brasil
história
psicanálise
modernismo
title_short Psicanálise modernista no Brasil: um recorte histórico
title_full Psicanálise modernista no Brasil: um recorte histórico
title_fullStr Psicanálise modernista no Brasil: um recorte histórico
title_full_unstemmed Psicanálise modernista no Brasil: um recorte histórico
title_sort Psicanálise modernista no Brasil: um recorte histórico
author Facchinetti,Cristiana
author_facet Facchinetti,Cristiana
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Facchinetti,Cristiana
dc.subject.por.fl_str_mv Brasil
história
psicanálise
modernismo
topic Brasil
história
psicanálise
modernismo
description O presente artigo partiu do pressuposto de que o discurso psicanalítico é sempre apropriado por um intérprete que se filia a uma tradição histórica e cultural. Nesta perspectiva, a produção de subjetividade, que tem lugar na clínica psicanalítica, será marcada por essa tradição privilegiada pelo analista. Assim, julgou-se de grande relevância a investigação das vias discursivas de entrada da psicanálise no Brasil, indicando os pontos de ancoragem da mesma na cultura e na história locais. Com este intuito, traçou-se o processo de urbanização e modernização do Brasil no início do século XX e a entrada da psicanálise em um campo de forças divergentes. Encontrou-se um embate pela hegemonia discursiva entre duas leituras que se constituíram como antagônicas e inconciliáveis, e que levaram a dois modos distintos de uso instrumental da psicanálise: de um lado, o discurso psiquiátrico-higienista, com sua leitura reformista e universalizante da psicanálise; de outro, o discurso da vanguarda modernista, com a leitura da subversão dos códigos estabelecidos e da busca de singularidade. Ambos se constituíram no rastro da busca de forjar o brasileiro que se desejava. Este trabalho percorre o viés da psicanálise modernista, com sua utilização singular para a análise da cultura e das subjetividades, bem como sua função de construção de novos mundos.
publishDate 2003
dc.date.none.fl_str_mv 2003-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312003000100006
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312003000100006
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0103-73312003000100006
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva
publisher.none.fl_str_mv PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva
dc.source.none.fl_str_mv Physis: Revista de Saúde Coletiva v.13 n.1 2003
reponame:Physis (Online)
instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
instname_str Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron_str UERJ
institution UERJ
reponame_str Physis (Online)
collection Physis (Online)
repository.name.fl_str_mv Physis (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
repository.mail.fl_str_mv ||publicacoes@ims.uerj.br
_version_ 1750309030340853761