Negotiating women’s right to the city: gender-based and infrastructural violence against brazilian women in london and residents in Maré, Rio de Janeiro / O direito à cidade de mulheres: uma análise sobre suas limitações a partir de violências infraestruturais de gênero contra brasileiras em Londres e na Maré, Rio de Janeiro.
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Direito da Cidade |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/rdc/article/view/57564 |
Resumo: | ResumoO presente artigo objetiva examinar os entraves ao direito à cidade relativos a injustiças de gênero nas cidades, referentes a inseguranças, disparidades e violências infraestruturais. A partir da chamada “virada infraestrutural” nos estudos urbanos, a perspectiva sobre infrastruturas apresenta uma ferramenta analítica inovadora para o crescente debate sobre as dimensões de gênero da violência urbana. Metodologicamente, o artigo se baseia empiricamente na natureza transnacional da violência contra mulheres e meninas nas cidades, reportando uma pesquisa quali-quantitativa realizada entre 2016 e 2018, com mulheres brasileiras residentes em Londres e mulheres que residem em um dos maiores conjuntos de favelas do Rio de Janeiro, a Maré. Como resultado, verificou-se que violências estruturais e infraestruturais estão diretamente implicadas em dinâmicas de violências de gênero que apresentam severas restrições ao direito à cidade de mulheres – seja quanto à dificuldade de acesso a serviços e direitos no caso de brasileiras imigrantes em Londres, seja quanto ao contexto de violência armada cotidiana no caso de mulheres da Maré. O artigo contribui para o encontro interdisciplinar entre a geografia jurídica e o urbanismo feminista, formulando uma compreensão das violências de gênero em termos multidimensionais, multiescalares e transnacionais nas cidades globais, que transcendem experiências íntimas, individualizadas e privadas.Palavras-chave: Direito à cidade; gênero; violências infraestruturais; violências contra mulheres e meninas; urbanismo feminista. AbstractThis paper examines obstacles to ensuring a gender just right to the city emerging from direct forms of gender-based violence and indirect infrastructural violence against women and girls. Drawing from the so-called ‘infrastructural turn’ in urban studies, the article presents an innovative analytical tool for the growing debate on the gender dimensions of urban violence. Methodologically, it presents empirical analyses of the transnational nature of gender-based violence against women in cities, reporting a quali-quantitative survey conducted between 2016 and 2018, with Brazilian women residing in London and women residing in one of the largest group of favelas in Rio de Janeiro, Maré. The study found that structural and infrastructural violence are directly implicated in the dynamics of gender-based violence that present severe restrictions on women’s right to the city – be it regarding the difficulty of access to services and rights in the case of Brazilian migrants in London, or in the context of daily armed violence in the case of women in Maré. The article contributes to the interdisciplinary encounters between legal geography and feminist urbanism, formulating an understanding of gender-based violence in global cities in multidimensional, multiscalar and transnational terms, which transcend intimate, individualized and private experiences.Keywords: Right to the city; gender; infrastructural violence; Violence against Women and Girls; feminist urbanism. |
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