Pandemia, higienismo e saneamento básico: uma leitura da política urbana em tempos de covid-19 / Pandemic, hygienism and basic sanitation: a reading of urban policy in times of covid-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Angela Moulin Simões Penalva
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Vasques, Pedro Henrique Ramos Prado
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Direito da Cidade
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/rdc/article/view/54651
Resumo: ResumoO trabalho objetiva destacar a relação entre pandemia, higienismo e planejamento urbano focalizando a política de saneamento básico. Concentra seus esforços em analisar as peculiaridades do discurso higienista contemporâneo a fim de aventar possíveis impactos no planejamento urbano de grandes metrópoles, tomando a cidade do Rio de Janeiro por referência. Para fazê-lo, inicialmente, situa o saneamento básico como uma dimensão da política urbana e, em seguida, recupera de forma sintética as práticas higienistas na aurora do planejamento urbano. Ambos estágios são executados a partir de pesquisa bibliográfica. No terceiro momento, a partir de dados públicos disponíveis, dedica-se ao estudo da incidência da Covid-19 na metrópole carioca comparando-a com São Paulo e Brasília. Por meio das interpretações desenvolvidas, passa, então, a discutir possíveis impactos na abordagem higienista para lidar com a atual pandemia. O trabalho conclui sustentando que a versão contemporânea do higienismo – ao menos diante da atual conjuntura – não necessariamente espelha as antigas práticas de transformação do território a partir de intervenções diretas sobre ele. Ao contrário, concentra-se em legitimar e estimular novas estratégias de controle da circulação e permanência dos indivíduos na cidade, suscitando impactos e críticas peculiares em relação aqueles associados às antigas intervenções higienistas.Palavras-chave: Pandemia, Higienismo, Saneamento básico, Planejamento urbano, Rio de Janeiro AbstractThe work aims to highlight the relationship between the pandemic, hygienism and urban planning, focusing on basic sanitation policy. It centers its efforts on analyzing the peculiarities of contemporary hygienist discourse in order to come up with possible impacts on the urban planning of large metropolises, taking the city of Rio de Janeiro as a reference. To do so, initially, it situates basic sanitation as a dimension of urban policy and, afterwards, it synthetically recovers hygienist practices at the dawn of urban planning. Both stages are performed based on bibliographic research. In the third moment, based on available public data, it analyzes the incidence of Covid-19 in the metropolis of Rio de Janeiro, comparing it with São Paulo and Brasília. Through the interpretations developed, it then goes on to discuss possible impacts on the hygienist approach to deal with the current pandemic. The paper concludes by arguing that the contemporary version of hygienism – at least given the current situation – does not necessarily reflect former practices of transforming the territory through direct interventions. On the contrary, it focuses on legitimizing and stimulating new strategies to control the circulation and permanence of individuals in the city, giving rise to specific impacts and criticisms in relation to those associated with former hygienist interventions.Keywords: Pandemic, Hygienism, Basic Sanitation, Urban Planning, Rio de Janeiro
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