O DIABO NÃO FOI CONVIDADO: CONTO FANTÁSTICO E TRADIÇÃO QUEBEQUENSE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GHIRARDI, Ana Luiza Ramazzina
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Caderno Seminal Digital
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/10998
Resumo: Quando parte do Canadá ainda se chamava Nova França, a língua francesaencontrava entraves para se consolidar em sua forma escrita e, por isso, a literaturaquebequense conheceu um nascimento tardio. Por aproximadamente um século,ela se confina quase totalmente à dimensão oral, conhecendo suas primeirasmanifestações escritas apenas quando seu povo começa a resgatar da memóriaancestral canções, contos e lendas. No século XIX, essa literatura escrita revelauma nova figura narrativa, a do contador. Este é um simples e fiel transcritor queadapta histórias criadas pela imaginação popular, ocorridas na França ou nacolônia. Elas são objeto de crença popular e revelam o fantástico e o maravilhoso,descrevendo personagens quotidianos como símbolo de uma cultura que existe eque resiste. Este artigo se propõe a percorrer brevemente a história do Quebec everificar como, inicialmente, prevaleceram as narrativas orais. Em seguida, mostra odesejo de um povo de estabelecer uma literatura escrita, literatura que irá resgatarhistórias do universo oral. Como fio condutor, analisa-se o Conte Populaire deCharles Laberge sob a ótica de Propp (2010) e se sugere como essa mudançada literatura oral para a escrita impactou a criação de uma linguagem fantástica.
id UERJ-7_1b19dd5f68027213a558ef56c4478ae3
oai_identifier_str oai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/10998
network_acronym_str UERJ-7
network_name_str Caderno Seminal Digital
repository_id_str
spelling O DIABO NÃO FOI CONVIDADO: CONTO FANTÁSTICO E TRADIÇÃO QUEBEQUENSELiteratura quebequenseliteratura fantásticaidentidadeliteratura oralQuando parte do Canadá ainda se chamava Nova França, a língua francesaencontrava entraves para se consolidar em sua forma escrita e, por isso, a literaturaquebequense conheceu um nascimento tardio. Por aproximadamente um século,ela se confina quase totalmente à dimensão oral, conhecendo suas primeirasmanifestações escritas apenas quando seu povo começa a resgatar da memóriaancestral canções, contos e lendas. No século XIX, essa literatura escrita revelauma nova figura narrativa, a do contador. Este é um simples e fiel transcritor queadapta histórias criadas pela imaginação popular, ocorridas na França ou nacolônia. Elas são objeto de crença popular e revelam o fantástico e o maravilhoso,descrevendo personagens quotidianos como símbolo de uma cultura que existe eque resiste. Este artigo se propõe a percorrer brevemente a história do Quebec everificar como, inicialmente, prevaleceram as narrativas orais. Em seguida, mostra odesejo de um povo de estabelecer uma literatura escrita, literatura que irá resgatarhistórias do universo oral. Como fio condutor, analisa-se o Conte Populaire deCharles Laberge sob a ótica de Propp (2010) e se sugere como essa mudançada literatura oral para a escrita impactou a criação de uma linguagem fantástica.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2014-05-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/1099810.12957/cadsem.2012.10998Caderno Seminal; v. 17 n. 17 (2012): CADERNO SEMINAL DIGITAL (JAN/JUN - 2012)1806-91421414-4298reponame:Caderno Seminal Digitalinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/10998/8690GHIRARDI, Ana Luiza Ramazzinainfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-03-15T18:25:04Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/10998Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminalPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminal/oaidarciliasimoes@gmail.com||flavgarc@gmail.com||flavgarc@gmail.com||darciliasimoes@gmail.com|| flavgarc@gmail.com|| flavgarc@gmail.com1806-91421806-9142opendoar:2016-03-15T18:25:04Caderno Seminal Digital - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false
dc.title.none.fl_str_mv O DIABO NÃO FOI CONVIDADO: CONTO FANTÁSTICO E TRADIÇÃO QUEBEQUENSE
title O DIABO NÃO FOI CONVIDADO: CONTO FANTÁSTICO E TRADIÇÃO QUEBEQUENSE
spellingShingle O DIABO NÃO FOI CONVIDADO: CONTO FANTÁSTICO E TRADIÇÃO QUEBEQUENSE
GHIRARDI, Ana Luiza Ramazzina
Literatura quebequense
literatura fantástica
identidade
literatura oral
title_short O DIABO NÃO FOI CONVIDADO: CONTO FANTÁSTICO E TRADIÇÃO QUEBEQUENSE
title_full O DIABO NÃO FOI CONVIDADO: CONTO FANTÁSTICO E TRADIÇÃO QUEBEQUENSE
title_fullStr O DIABO NÃO FOI CONVIDADO: CONTO FANTÁSTICO E TRADIÇÃO QUEBEQUENSE
title_full_unstemmed O DIABO NÃO FOI CONVIDADO: CONTO FANTÁSTICO E TRADIÇÃO QUEBEQUENSE
title_sort O DIABO NÃO FOI CONVIDADO: CONTO FANTÁSTICO E TRADIÇÃO QUEBEQUENSE
author GHIRARDI, Ana Luiza Ramazzina
author_facet GHIRARDI, Ana Luiza Ramazzina
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv GHIRARDI, Ana Luiza Ramazzina
dc.subject.por.fl_str_mv Literatura quebequense
literatura fantástica
identidade
literatura oral
topic Literatura quebequense
literatura fantástica
identidade
literatura oral
description Quando parte do Canadá ainda se chamava Nova França, a língua francesaencontrava entraves para se consolidar em sua forma escrita e, por isso, a literaturaquebequense conheceu um nascimento tardio. Por aproximadamente um século,ela se confina quase totalmente à dimensão oral, conhecendo suas primeirasmanifestações escritas apenas quando seu povo começa a resgatar da memóriaancestral canções, contos e lendas. No século XIX, essa literatura escrita revelauma nova figura narrativa, a do contador. Este é um simples e fiel transcritor queadapta histórias criadas pela imaginação popular, ocorridas na França ou nacolônia. Elas são objeto de crença popular e revelam o fantástico e o maravilhoso,descrevendo personagens quotidianos como símbolo de uma cultura que existe eque resiste. Este artigo se propõe a percorrer brevemente a história do Quebec everificar como, inicialmente, prevaleceram as narrativas orais. Em seguida, mostra odesejo de um povo de estabelecer uma literatura escrita, literatura que irá resgatarhistórias do universo oral. Como fio condutor, analisa-se o Conte Populaire deCharles Laberge sob a ótica de Propp (2010) e se sugere como essa mudançada literatura oral para a escrita impactou a criação de uma linguagem fantástica.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-05-16
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/10998
10.12957/cadsem.2012.10998
url https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/10998
identifier_str_mv 10.12957/cadsem.2012.10998
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/10998/8690
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Caderno Seminal; v. 17 n. 17 (2012): CADERNO SEMINAL DIGITAL (JAN/JUN - 2012)
1806-9142
1414-4298
reponame:Caderno Seminal Digital
instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
instname_str Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron_str UERJ
institution UERJ
reponame_str Caderno Seminal Digital
collection Caderno Seminal Digital
repository.name.fl_str_mv Caderno Seminal Digital - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
repository.mail.fl_str_mv darciliasimoes@gmail.com||flavgarc@gmail.com||flavgarc@gmail.com||darciliasimoes@gmail.com|| flavgarc@gmail.com|| flavgarc@gmail.com
_version_ 1799318408037138432