RELAÇÕES COMERCIAIS E ENSINO DE PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS – A ELABORAÇÃO DE GRAMÁTICAS NOS SÉCULOS XVIII E XIX

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerra, Débora Marinho
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Melo, Patrick Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Caderno Seminal Digital
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/63797
Resumo: Antecedentes históricos entre Portugal e Inglaterra propiciaram o estreitamento dos laços entre os dois países resultando em inúmeros acordos de comércio e navegação, e a língua sempre estava lá permeando as relações. Graças, então, às necessidades de aprendizagem advindas delas, Portugal entrou numa nova era de difusão da língua que se daria por meio de gramáticas O comércio que havia dado a partida à elaboração de gramáticas de português para negociantes ingleses também passou a ser o objetivo final da elaboração dessas obras. Se as negociações eram travadas por meio da língua, a própria língua parecia ser também um bom negócio, ampliando seu público. A diversidade do público-alvo requisitava gramáticas que equilibrassem a variedade linguística literária com a variedade linguística de uso popular formal. Nesse sentido, a gramaticografia do PLE, apresentada neste artigo no contexto inglês, vem ampliando a visão dos estudos historiográficos do português através da recuperação de dados e reconstituição de ideias e cenários. Ela traz à tona diferentes graus de formalidade da língua, revelando variações em si mesma e fornecendo subsídios para se pensar o ensino de português pluricêntrico. Para entender melhor em que medida já se valorizava o ensino pluricêntrico da língua, analisamos duas gramáticas de português para estrangeiros: (A) A New Portuguese Grammar in four parts (1768), de António Vieira Transtagano; (B) Practical and easy method of learning the portuguese language (1869), de Lopes de Cabano. Para tanto, adotamos uma abordagem qualitativa de pesquisa, inspirada nos princípios da pesquisa bibliográfica (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2006) e historiográfica (KOERNER, 1995 apud BATISTA, 2013).
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