A polícia bioecnômica: o dispositivo policial no caso das unidades Paraná Seguro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corrêa, Murilo Duarte Costa
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Souza, Karoline Coelho de Andrade e
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Quaestio Iuris (Online)
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/quaestioiuris/article/view/37300
Resumo: Este artigo discute a polícia como dispositivo de poder bioeconômico. Para tanto, propõe analisar o caso das Unidades Paraná Seguro em Curitiba, Paraná, entre os anos de 2012 e 2015, com base em fontes documentais, investigando os limites analíticos dos policing studies, cuja inspiração weberiana resulta em uma compreensão da polícia sob seu aspecto exclusivamente repressivo. Uma análise mais detalhada das UPS – programa paranaense de policiamento comunitário que instrumentalizava a implementação de políticas socioeconômicas – descerrou uma forma de exercício de poder não-repressiva, mas constitutiva, como lógica do dispositivo policial. No caso analisado, a atuação da polícia articulava-se com a reconfiguração social e metropolitana do trabalho em Curitiba, implicando novos funcionamentos de poder, característicos do modelo biocapitalista e das sociedades de controle. Os achados empírico-documentais, avaliados na chave teórica da biopolítica foucaultiana, e de alguns de seus desdobramentos posteriores, permitiram redefinir a polícia como um dispositivo de poder bioeconômico, voltado para a gestão e a produção social da vida nas metrópoles.
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