Verde-amarelismo: antropofagia e democracia racial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Matraga (Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/66302 |
Resumo: | Ainda hoje o mito da democracia racial retorna em diversos discursos como forma de ocultar ou subestimar os efeitos do racismo no Brasil. Consolidado na década de 1930, o mito tem firmes bases nos debates in- telectuais ocorridos em meio ao modernismo dos anos 1920, e construiu sua hegemonia pela formação de consensos entre distintas, e eventualmente contraditórias, posições políticas e estéticas. Considerando os diálogos estabelecidos com o Verde-amarelismo dentro do modernismo paulista dos 1920 e a presença do racial na Revista de Antropofagia, procuro elucidar a relação destes movimentos literários e culturais com a formação do mito da democracia racial. A análise revela como a antropofagia postula um sujeito transparente e autodeterminado como consequência de um traço cultural de um sujeito, outrossim considerado afetável, indígena, transmutado sincronicamente pela absorção continuada da subjetividade europeia. |
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Verde-amarelismo: antropofagia e democracia racialVerde-amarelismo: anthropophagy and racial democracyCritical race studiesModernismoNational Identity.Estudos críticos de raçaModernismoIdentidade nacional.Ainda hoje o mito da democracia racial retorna em diversos discursos como forma de ocultar ou subestimar os efeitos do racismo no Brasil. Consolidado na década de 1930, o mito tem firmes bases nos debates in- telectuais ocorridos em meio ao modernismo dos anos 1920, e construiu sua hegemonia pela formação de consensos entre distintas, e eventualmente contraditórias, posições políticas e estéticas. Considerando os diálogos estabelecidos com o Verde-amarelismo dentro do modernismo paulista dos 1920 e a presença do racial na Revista de Antropofagia, procuro elucidar a relação destes movimentos literários e culturais com a formação do mito da democracia racial. A análise revela como a antropofagia postula um sujeito transparente e autodeterminado como consequência de um traço cultural de um sujeito, outrossim considerado afetável, indígena, transmutado sincronicamente pela absorção continuada da subjetividade europeia.Still today the myth of racial democracy returns in many discourses as a way to hide or underestimate the effects of racism in Brazil. Consolidated in the 1930’s, the myth has its foundations on the intellectual debates occurred during the 1920’s modernismo and built its hegemony through the formation of consensuses among different, and eventually contradictory, aesthetical and political stances. Considering the dialogues with Verde-amarelismo within the São Paulo 1920’s modernism and the presence of the racial in Revista de Antropofagia, I propose to clarify the relation between these movements and the formation of the myth of racial democracy. The analysis shows how anthropophagy postulates a transparent and selfdetermined subject as a consequence of a cultural trait of the otherwise considered affectable indigenous subject, synchronously transmuted by the continuous absorption of European subjectivity.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2022-11-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionartigo de literaturaartigos de literaturaapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/6630210.12957/matraga.2022.66302Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ; v. 29 n. 57 (2022): Aquém além 22: modernismos em ponto de fuga; 549-563MATRAGA - Journal published by the Graduate Program in Letters at Rio de Janeiro State University (UERJ); Vol. 29 No. 57 (2022): After before 22: modernisms in a vanishing point; 549-5632446-69051414-7165reponame:Matraga (Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/66302/43880Cardoso, Rodrigo Octávioinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-02-13T01:43:35Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/66302Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/matragaPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/matraga/oai||letrasmatraga@uerj.br2446-69051414-7165opendoar:2023-02-13T01:43:35Matraga (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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