Para além da inteligência: a intuição bergsoniana e a duração na fluidez da vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier, Vilma
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12224
Resumo: To study the evolution, according to the vision of Henri Bergson, implies to consider it as a slow consolidation work, and, hereafter, fundamentally associated with the notion of time. Time means creation and evolution of both life and matter. To the apprehension of real time, or duration, as Bergson prefers, the author proposes the intuition as a method. The novelty in this philosophy, within the sphere of knowledge, stays in the effort to overtake the instrumental character of intelligence. At a first glance, it seems to be notorious the opposition between intuition and intelligence: the first, strongly linked to life; the second, related to the inert matter. Our investigation was, at first, in the way to elucidate this dichotomy. We saw, however, that both, intuition and intelligence, have a common root, they derive from a same reality, in spite of dissociating their potencies. By searching the genesis of intuition within the evolution process, Bergson found in the intelligence a life defense element. Along the trajectory of evolution, the intuition even though in a merely instinctive form was being gradually abandoned by the conscience, which came to be constituted almost entirely by the intelligence, prioritizing the matter conquer, and therefore unsuitable to the apprehension of the real. Through both modes of conscious activity, since they are complementary and interdependent, the humanity could fully reach its development. In this context, we will point out the inadequacy of the notion of anti-intellectualism, with which Bergson philosophy has been often associated. Finally, our purpose is to show that to understand the evolution, under the bergsonian concept, is to related the life to the duration, just like a continuous novelty that confounds itself with the creation.
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The novelty in this philosophy, within the sphere of knowledge, stays in the effort to overtake the instrumental character of intelligence. At a first glance, it seems to be notorious the opposition between intuition and intelligence: the first, strongly linked to life; the second, related to the inert matter. Our investigation was, at first, in the way to elucidate this dichotomy. We saw, however, that both, intuition and intelligence, have a common root, they derive from a same reality, in spite of dissociating their potencies. By searching the genesis of intuition within the evolution process, Bergson found in the intelligence a life defense element. Along the trajectory of evolution, the intuition even though in a merely instinctive form was being gradually abandoned by the conscience, which came to be constituted almost entirely by the intelligence, prioritizing the matter conquer, and therefore unsuitable to the apprehension of the real. Through both modes of conscious activity, since they are complementary and interdependent, the humanity could fully reach its development. In this context, we will point out the inadequacy of the notion of anti-intellectualism, with which Bergson philosophy has been often associated. Finally, our purpose is to show that to understand the evolution, under the bergsonian concept, is to related the life to the duration, just like a continuous novelty that confounds itself with the creation.Estudar a evolução, no pensamento de Henri Bergson, significa vê-la como um lento trabalho de consolidação, e, dessa forma, como fundamentalmente associada à ideia de tempo. Tempo é criação e evolução, tanto da vida como da matéria. Para a apreensão do tempo real ou duração, como prefere Bergson, ele propõe a intuição como método. A novidade dessa filosofia, na esfera do conhecimento, está no esforço do ultrapassamento do caráter instrumental da inteligência. Em uma primeira visada, parece notória a oposição entre intuição e inteligência: a primeira com forte vínculo com a vida, e a segunda voltada para a matéria inerte. Nossa investigação se encaminhou, então, no sentido de esclarecer essa dicotomia. Vimos, contudo, que ambas, intuição e inteligência, têm uma raiz comum, derivam de uma mesma realidade, dissociando, contudo, suas potências. E foi buscando a gênese da intuição no processo evolutivo, que Bergson encontrou na inteligência um elemento de defesa da vida. No trajeto da evolução, a intuição - ainda que puramente na forma de instinto - foi sendo paulatinamente abandonada pela consciência, que passou a se constituir quase que plenamente pela inteligência, priorizando a conquista da matéria, inadequada, portanto, à apreensão do real. Com os dois modos de atividade consciente, complementares e interdependentes que são, a humanidade poderia atingir seu pleno desenvolvimento. Apontaremos, então, a inadequação da ideia de anti-intelectualismo com que a filosofia de Bergson é, geralmente, associada. Nosso objetivo, finalmente, é mostrar que entender a evolução, com o viés bergsoniano, é relacionar a vida à duração, como uma contínua novidade que se confunde com criação.Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-06T19:54:20Z No. of bitstreams: 1 Vilma Xavier dissertacao.pdf: 618974 bytes, checksum: 6a7fc7a89db63ff7563f79a7d9f44a67 (MD5)Made available in DSpace on 2021-01-06T19:54:20Z (GMT). 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