Sofrimento e saúde mental entre migrantes venezuelanos no município de Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Igor de Assis
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18712
Resumo: A migração venezuelana destaca-se entre os principais fluxos globais de deslocamento humano, sendo o Brasil, um dos países de acolhimento desta população. Neste processo, a migração e outros fatores podem ser produtores de sofrimento entre migrantes. A heterogeneidade dos sentidos socioculturais de saúde e doença demandam exploração das noções de sofrimento e saúde mental. Esta dissertação pretende explorar e analisar os sentidos de sofrimento e saúde mental entre migrantes venezuelanos. Para tanto, foram realizadas seis entrevistas do tipo episódicas com migrantes venezuelanos residentes na cidade do Rio de Janeiro há um ano ou mais. Foram abordadas as experiências e narrativas das fases pré e pós-migratórias relativas ao sofrimento, saúde mental e estratégias de cuidado. Para a análise utilizados conceitos e noções de governo humanitário, transnacionalidade, sofrimento social e aflição. Os resultados apontam para sentidos do sofrimento de ordem relacional e social, nas quais questões como a separação/reunião familiar, precariedade, direitos trabalhistas, filas no comércio, o luto, racismo e xenofobia, problemas de nervos e estresse, sintomas psicossomáticos, relação médico-paciente fazem parte das experiências associadas ao sofrimento e seu alívio. Conclui-se que o sofrimento entre os interlocutores desta pesquisa, apresenta-se de ordem social e relacional, produzindo conexões transnacionais entre Brasil e Venezuela, sem reduzir-se a individualismos psicológicos. O sofrimento transnacional, portanto, representa categoria descritiva de concepções sociorrelacionais e multisituadas.
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