Violência familiar e estado nutricional de adolescentes numa unidade de saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ |
Texto Completo: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8704 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivos verificar a possível associação entre violência intrafamiliar sofrida por adolescentes e estado nutricional. Foram investigadas as prevalências de agressão verbal, violências física, abuso psicológico e de estado nutricional inadequado dos adolescentes. Para tanto, foi realizado um estudo observacional de corte transversal numa amostra de 201 adolescentes de 10 a 19 anos cadastrados no Programa Bolsa Família e monitorados pelo Serviço de Nutrição de uma unidade de saúde do município do Rio de Janeiro. Junto aos adolescentes foi realizada avaliação antropométrica, e para a determinação do estado nutricional foi analisado o Índice de Massa Corporal (IMC) pelo parâmetro adotado pela OMS a partir de 2007. A violência familiar foi investigada por meio de dois instrumentos. O Conflict Tactics Scales Form R (CTS1) foi utilizado para avaliar os conflitos intrafamiliares no relacionamento entre pais e filhos e a escala de violência psicológica contra adolescentes para identificar a presença de violência psicológica contra os adolescentes. Além disso, foram avaliadas outras co-variáveis que pudessem influenciar a associação entre violência e situação nutricional da população estudada como informações sobre maturação sexual, sócio-demográficas e percepção corporal. No que diz respeito ao IMC, foram identificados 4,5% de baixo peso, 13,4% de sobrepeso e 5% de obesidade. No que se refere à violência familiar, foram observados 83,1% de agressão verbal, 50,2% de violência psicológica, 32,8% de agressão física grave e 48,3% de abuso físico menor. Através da regressão linear múltipla foi observada um associação entre violência familiar e o IMC em adolescentes do sexo feminino. A presença de agressão verbal perpetrada tanto pelo pai como pela mãe está relacionado ao IMC de forma estatisticamente significativa para as meninas. Já para os adolescentes masculinos não foi encontrada nenhuma associação significativa entre os diferentes tipos de violência familiar e o IMC, mas aponta para a redução do IMC. Outras estratégias de pesquisa de natureza qualitativa devem ser realizadas para esclarecer sobre os efeitos desfavoráveis do abuso verbal sobre o IMC junto aos pais e a sociedade já que a agressão verbal é um tipo de abuso normalmente utilizado no ambiente familiar e considerado como algo natural e aceitável |
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Violência familiar e estado nutricional de adolescentes numa unidade de saúdeFamily violence and nutritional status of adolescents in health unitFamily violenceNutritional statusAdolescentsViolência familiarEstado nutricionalAdolescenteCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAO presente trabalho teve como objetivos verificar a possível associação entre violência intrafamiliar sofrida por adolescentes e estado nutricional. Foram investigadas as prevalências de agressão verbal, violências física, abuso psicológico e de estado nutricional inadequado dos adolescentes. Para tanto, foi realizado um estudo observacional de corte transversal numa amostra de 201 adolescentes de 10 a 19 anos cadastrados no Programa Bolsa Família e monitorados pelo Serviço de Nutrição de uma unidade de saúde do município do Rio de Janeiro. Junto aos adolescentes foi realizada avaliação antropométrica, e para a determinação do estado nutricional foi analisado o Índice de Massa Corporal (IMC) pelo parâmetro adotado pela OMS a partir de 2007. A violência familiar foi investigada por meio de dois instrumentos. O Conflict Tactics Scales Form R (CTS1) foi utilizado para avaliar os conflitos intrafamiliares no relacionamento entre pais e filhos e a escala de violência psicológica contra adolescentes para identificar a presença de violência psicológica contra os adolescentes. Além disso, foram avaliadas outras co-variáveis que pudessem influenciar a associação entre violência e situação nutricional da população estudada como informações sobre maturação sexual, sócio-demográficas e percepção corporal. No que diz respeito ao IMC, foram identificados 4,5% de baixo peso, 13,4% de sobrepeso e 5% de obesidade. No que se refere à violência familiar, foram observados 83,1% de agressão verbal, 50,2% de violência psicológica, 32,8% de agressão física grave e 48,3% de abuso físico menor. Através da regressão linear múltipla foi observada um associação entre violência familiar e o IMC em adolescentes do sexo feminino. A presença de agressão verbal perpetrada tanto pelo pai como pela mãe está relacionado ao IMC de forma estatisticamente significativa para as meninas. Já para os adolescentes masculinos não foi encontrada nenhuma associação significativa entre os diferentes tipos de violência familiar e o IMC, mas aponta para a redução do IMC. Outras estratégias de pesquisa de natureza qualitativa devem ser realizadas para esclarecer sobre os efeitos desfavoráveis do abuso verbal sobre o IMC junto aos pais e a sociedade já que a agressão verbal é um tipo de abuso normalmente utilizado no ambiente familiar e considerado como algo natural e aceitávelThis work aimed to verify the possible association between violence experienced by adolescents and nutritional disorders. We investigated the prevalence of verbal agression, physical violence, psychological abuse and nutritional status of adolescents. For this, we performed a cross sectional observational study on a sample of 201 adolescents aged 10 to 19 years enrolled in the Programa Bolsa Família and monitored by the Nutrition Service of a Health Unit in the city of Rio de Janeiro. With adolescents was conducted anthropometric measurements, and for determining the nutritional status was assessed Body Mass Index (BMI) by the parameter adopted by WHO from 2007. Family violence was investigated by using two instruments. The Conflict Tactics Scales Form R (CTS 1) was used to evaluate the family conflicts in the relationship between parents and children and the scale of psychological violence against adolescents to identify the presence of psychological violence against adolescents. Additionally, we assessed other covariates that could influence the association between violence and nutritional status of the population with information on sexual maturation, socio-demographic information and body image. With respect to BMI, were identified prevalence of underweight (4,5%), overweight (13,4%) and obesity (5%). With regard to family violence were observed 83,1% verbal aggression, 50,2% of psychological violence, 32,8% of lower physical aggression and severe physical abuse 48,3%. Through multiple linear regression was observed an association between domestic violence and BMI in female adolescents. The presence of verbal aggression perpetrated by both the father and the mother is related to BMI were statistically significant for girls. As for the male adolescents did not find any association between different types of family violence and BMI, but points to a reduction in IMC. Other strategies for qualitative research should be conducted to clarify the adverse effects of verbal abuse on BMI with parents and society since the verbal abuse is a type normally used in the family environment and considered as something natural and acceptableUniversidade do Estado do Rio de JaneiroCentro Biomédico::Faculdade de Ciências MédicasBRUERJPrograma de Pós-Graduação em Ciências MédicasTaquette, Stella Reginahttp://lattes.cnpq.br/0311106771021992Hasselmann, Maria Helenahttp://lattes.cnpq.br/5497001423302815Prado, Shirley Donizetehttp://lattes.cnpq.br/6325296604796922Chiara, Vera Luciahttp://lattes.cnpq.br/3750414682569837Werneck, Guilherme Loureirohttp://lattes.cnpq.br/7331062615542814Silva, Ana Maria Vieira Lourenço da2021-01-05T19:40:56Z2012-05-182010-08-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA, Ana Maria Vieira Lourenço da. Violência familiar e estado nutricional de adolescentes numa unidade de saúde. 2010. 98 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8704porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJ2024-02-26T19:00:02Zoai:www.bdtd.uerj.br:1/8704Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bdtd.uerj.br/PUBhttps://www.bdtd.uerj.br:8443/oai/requestbdtd.suporte@uerj.bropendoar:29032024-02-26T19:00:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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