Foraminíferos como indicadores paleoecológicos do Holoceno no Manguezal de Guaratiba, Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ |
Texto Completo: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7116 |
Resumo: | Mangroves are estuarine ecosystems, representing the transition between continental and marine environments, and having their training related to fluctuations in sea level during the Quaternary. In Guaratiba Mangrove, several studies about changes in sea level, more precisely in the Holocene, have been conducted under sedimentological, geochemical, palynological and micropaleontological approaches. Among the micropaleontological studies, need to be highlight those using benthic foraminifera, micro-organisms widely used as paleoenvironmental and paleoecological indicators of Holocene. In the present study was collected through a Russian Peat Borer, a core (T1) in Guaratiba Mangrove, which was analyzed for abiotic parameters such as particle size distribution, organic matter (OM), carbonate, total organic carbon (TOC) and sulfur (S), and biotic ones, such as fauna of benthic foraminifera. Ecological indices and cluster analysis were also used, allowed to establish four faunal associations (I, II, III and IV), as well as the environmental factors that most influenced the distribution of fauna. The correlation with foraminiferal assemblages of other cores dated by Carbon 14 (C14), as well as other works that deal with the of Sepetiba Bay evolution, allowed the establishment of three cycles of emersion-submersion, divided on five phases: 1) Transgressive Phase: level of mollusks shells concentration in lagoon deposits, formed by fine sediments without foraminifera, probably occurred latter than a regression; 2) Transgressive Phase: formation of a bay, with the exclusive presence of species of calcareous foraminifera (Association III) with higher richness and decrease in TOC values; occurred about 3,800 years BP; 3) Transgressive Phase: period of submersion, presence of typically estuarine foraminifera species (Association IV), between 3,500 years BP and 2,700 years BP; 4)Transgressive Phase: characterized by alternating between the formation of shallow bays and marine lagoons (higher levels of richness in the faunal associations), lower values of OM and TOC and increase in the proportion of fine sediments; event started about 2,700 years BP; and 5) Regressive Phase: agglutinate foraminifera fauna, resistant to conditions of salinity and acidity characteristics of confined environments such as mangroves, besides the increase in sand content, showing the final stages of Sepetiba Bay by the Marambaia Restinga; event started around 2,400 years BP, extending to the present. The results show the importance of the correlation between lateral cores for the paleoenvironmental interpretation in Sepetiba Bay, beyond the identification of transgression and regression stages that became closer to the curve of sea level variation proposed by Suguio et al. (1985) for the State of Rio de Janeiro coast |
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In Guaratiba Mangrove, several studies about changes in sea level, more precisely in the Holocene, have been conducted under sedimentological, geochemical, palynological and micropaleontological approaches. Among the micropaleontological studies, need to be highlight those using benthic foraminifera, micro-organisms widely used as paleoenvironmental and paleoecological indicators of Holocene. In the present study was collected through a Russian Peat Borer, a core (T1) in Guaratiba Mangrove, which was analyzed for abiotic parameters such as particle size distribution, organic matter (OM), carbonate, total organic carbon (TOC) and sulfur (S), and biotic ones, such as fauna of benthic foraminifera. Ecological indices and cluster analysis were also used, allowed to establish four faunal associations (I, II, III and IV), as well as the environmental factors that most influenced the distribution of fauna. The correlation with foraminiferal assemblages of other cores dated by Carbon 14 (C14), as well as other works that deal with the of Sepetiba Bay evolution, allowed the establishment of three cycles of emersion-submersion, divided on five phases: 1) Transgressive Phase: level of mollusks shells concentration in lagoon deposits, formed by fine sediments without foraminifera, probably occurred latter than a regression; 2) Transgressive Phase: formation of a bay, with the exclusive presence of species of calcareous foraminifera (Association III) with higher richness and decrease in TOC values; occurred about 3,800 years BP; 3) Transgressive Phase: period of submersion, presence of typically estuarine foraminifera species (Association IV), between 3,500 years BP and 2,700 years BP; 4)Transgressive Phase: characterized by alternating between the formation of shallow bays and marine lagoons (higher levels of richness in the faunal associations), lower values of OM and TOC and increase in the proportion of fine sediments; event started about 2,700 years BP; and 5) Regressive Phase: agglutinate foraminifera fauna, resistant to conditions of salinity and acidity characteristics of confined environments such as mangroves, besides the increase in sand content, showing the final stages of Sepetiba Bay by the Marambaia Restinga; event started around 2,400 years BP, extending to the present. The results show the importance of the correlation between lateral cores for the paleoenvironmental interpretation in Sepetiba Bay, beyond the identification of transgression and regression stages that became closer to the curve of sea level variation proposed by Suguio et al. (1985) for the State of Rio de Janeiro coastOs manguezais são ecossistemas estuarinos, representando a transição entre os ambientes continentais e marinhos, e tendo sua formação relacionada com as flutuações do nível do mar no Quaternário. No Manguezal de Guaratiba, diversos estudos sobre as variações do nível do mar, mais precisamente no Holoceno, têm sido realizados, sob os enfoques sedimentológicos, geoquímicos, palinológicos e micropaleontológicos. Entre os estudos micropaleontológicos, destacam-se os que utilizam os foraminíferos bentônicos, micro-organismos amplamente utilizados como indicadores paleoecológicos e paleoambientais do Holoceno. No presente trabalho, foi coletado, através de um amostrador do tipo trado russo, um testemunho (T1) no Manguezal de Guaratiba, no qual foram realizadas análises de parâmetros como granulometria, teores de matéria orgânica (MO), carbonato, carbono orgânico total (COT) e enxofre (S) (abióticos) e da fauna de foraminíferos bentônicos (bióticos). Foram utilizadas também índices ecológicos e análises de agrupamento, através das quais foi possível estabelecer quatro associações faunísticas (I,II,III e IV), assim como os fatores ambientais que mais influenciaram a distribuição da fauna. A correlação com assembleias de foraminíferos de outros testemunhos que possuem datação por Carbono 14 (C14), assim como outros trabalhos que versam sobre a evolução da Baía de Sepetiba, permitiu o estabelecimento de três ciclos de emersão-submersão para a área da planície de maré estudada: 1)Fase transgressiva: nível de concentração de conchas em depósitos lagunares formados por sedimentos finos, sem foraminíferos; provavelmente posterior a uma regressão; 2) Fase transgressiva: formação de uma baía, com presença exclusiva de espécies de foraminíferos calcários (Associação III) com maiores valores de riqueza e queda nos valores de COT; ocorrida há cerca de 3.800 anos A.P 3) Fase transgressiva: período de submersão, presença de espécies de foraminíferos tipicamente estuarinos (Associação IV), com duração entre 3.500 anos A.P. e 2.700 anos A.P.; 4)Fase transgressiva: caracterizada pela alternância entre a formação de baías rasas e lagunas marinhas (maiores índices de riqueza nas associações faunísticas), menores valores de MO e COT e aumento na proporção de sedimentos finos; evento iniciado há cerca de 2.700 anos A.P.; e 5)Fase regressiva: fauna de foraminíferos aglutinantes, resistente às condições de salinidade e acidez características de ambientes confinados como os manguezais, além do incremento nos teores de areia, evidenciando a fase final de confinamento da Baía de Sepetiba pela Restinga da Marambaia; evento iniciado por volta de 2.400 anos A.P., estendendo-se até o presente. Os resultados obtidos mostram a importância da correlação lateral entre testemunhos na interpretação paleoambiental da Baía de Sepetiba, além da identificação de estágios de transgressão e regressão que se aproximam da curva de variação do nível do mar proposta por SUGUIO et al.(1985) para o litoral do Estado do Rio de JaneiroSubmitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-05T15:35:26Z No. of bitstreams: 4 Pre_Textuais e introducao.pdf: 959158 bytes, checksum: 368fadcc2178c02588e6a1bf931ecb51 (MD5) Secao 1 a 3.pdf: 3876781 bytes, checksum: d5b7244f2146bc8ad4527832809fdfd5 (MD5) Secao 4 a 6.pdf: 2004481 bytes, checksum: 38e0cab7fcf4960130bf041af4f3c56f (MD5) Secao 7.pdf: 978148 bytes, checksum: e08e41b8531e97c34fa1c1e2a390fa8c (MD5)Made available in DSpace on 2021-01-05T15:35:26Z (GMT). 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