Entre o sapatinho e o coturno: oscilação entre o dissimulado e o ostensivo na atuação de milicianos no Rio de Janeiro entre os anos de 2006 e 2014

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flor, Márcia Cristina Silva
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: marciaflor.2006@gmail.com
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17870
Resumo: This master's dissertation seeks to problematize the militia concept by establishing a differentiation between the meaning historically attributed to the term, and the ambivalent meaning it assumes when employed in the state of Rio de Janeiro between the years 2006 and 2018. It is assumed that there would be an oscillation in public opinion that would contribute to the formation of pseudoenvironments, which would inform two perceptions about the performance of militia groups. One would consider its practices as a force for community self-defense, which tolerates the militia as a lesser evil and an alternative to the reduced official presence of the state in the control of crime, another would understand them as a violent group of exploitation of protection and drug markets. It would be up to the police to react to this ambivalence through the constitution of local micropowers, which would upwardly modulate their pseudoambiente and the way they would act "on the edge of the line" in each situation. At the same time, militia groups would be influenced by the oscillation of pseudoenvironments, which, when it was unfavorable, would signal for a disguised act, without attracting attention, in the “shoe”, and when they indicated support, they would act ostensibly, with a militarized, uniformed aesthetic, identified with the “coturno” metaphor. The methodology brings a bibliographic review on the theme based on the contribution of classic and contemporary authors, such as Reinhard Koselleck, Michel Foucault, Nobert Elias, Pierre Bourdieu, Inácio Cano, Marcos Bretas, among others, articulated to the printed media and secondary statistical data.
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It is assumed that there would be an oscillation in public opinion that would contribute to the formation of pseudoenvironments, which would inform two perceptions about the performance of militia groups. One would consider its practices as a force for community self-defense, which tolerates the militia as a lesser evil and an alternative to the reduced official presence of the state in the control of crime, another would understand them as a violent group of exploitation of protection and drug markets. It would be up to the police to react to this ambivalence through the constitution of local micropowers, which would upwardly modulate their pseudoambiente and the way they would act "on the edge of the line" in each situation. At the same time, militia groups would be influenced by the oscillation of pseudoenvironments, which, when it was unfavorable, would signal for a disguised act, without attracting attention, in the “shoe”, and when they indicated support, they would act ostensibly, with a militarized, uniformed aesthetic, identified with the “coturno” metaphor. The methodology brings a bibliographic review on the theme based on the contribution of classic and contemporary authors, such as Reinhard Koselleck, Michel Foucault, Nobert Elias, Pierre Bourdieu, Inácio Cano, Marcos Bretas, among others, articulated to the printed media and secondary statistical data.Esta dissertação de mestrado busca problematizar o conceito milícia, estabelecendo uma diferenciação entre o significado historicamente atribuído ao termo e o sentido ambivalente que assume quando empregado no estado do Rio de Janeiro entre os anos de 2006 e 2018. Parte-se da hipótese de que existe uma oscilação na opinião pública, que contribuiria com a formação de pseudoambientes – o que, por sua vez, informaria duas percepções sobre a atuação dos grupos milicianos. Uma delas consideraria suas práticas como força de autodefesa comunitária, tolerada como um mal menor e uma alternativa à reduzida presença oficial do Estado no controle da criminalidade. Outra a compreenderia como grupo violento, de exploração de mercados de proteção e do narcotráfico. Ao policial caberia reagir a essa ambivalência por meio da constituição de micropoderes locais, que modulariam de forma ascendente o seu pseudoambiente e a forma como agiria “na ponta da linha” diante de cada situação. Ao mesmo tempo, os grupos milicianos seriam influenciados pela oscilação dos pseudoambientes: quando estes lhes fossem desfavoráveis, sinalizariam para um fazer dissimulado, sem atrair atenção, no “sapatinho”; e quando lhes indicassem apoio, agiriam de modo ostensivo, com uma estética militarizada, uniformizada, identificada com a metáfora do “coturno”. A metodologia traz uma revisão bibliográfica sobre a temática a partir da contribuição de autores clássicos e contemporâneos, como Reinhard Koselleck, Michel Foucault, Nobert Elias, Pierre Bourdieu, Inácio Cano, Marcos Bretas, entre outros, articulada à mídia impressa e a dados estatísticos secundários.Submitted by Juliana CCS/A (ju.salescastro@gmail.com) on 2022-06-03T18:06:32Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Márcia Cristina Silva Flor - 2020 - Completa.pdf: 1285414 bytes, checksum: fff200b5fa9dc26edb11eb3aacdde32a (MD5)Made available in DSpace on 2022-06-03T18:06:32Z (GMT). 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