Os efeitos políticos da securitização internacional do terrorismo pós-11/09: o caso da Organização de Cooperação de Xangai

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Luciana de Rezende Campos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15606
Resumo: Esta dissertação trata do que se entende como terrorismo após os atentados de setembro de 2001, seja como lógica de ação ou como método de ação. A partir desta data, o terrorismo alcançou enorme projeção e passou a figurar como tema central tanto na imprensa cotidiana quanto em reuniões internacionais de cúpula. O fenômeno era, muitas vezes, historicamente circunscrito às nações que enfrentavam esse problema. Após o Onze de Setembro, o debate expandiu-se e as políticas, e a propaganda, antiterroristas incidiram sobre a sociedade, modificando comportamentos individuais e coletivos. A associação entre Islamismo e terrorismo foi frequente e a Guerra Contra ao Terror (GCT), promovida pela política externa norte-americana de George W. Bush, contribuiu para difundir uma percepção do terrorismo como uma lógica de ação afeita à violência em si. Isso contrasta com a percepção quanto a grupos terroristas de momentos históricos anteriores, cujo recurso ao terrorismo era compreendido como método de ação com valor instrumental para alcançar objetivos políticos diversos, como a emancipação nacional e a desestabilização de regimes políticos estabelecidos. O estudo de caso da Organização de Xangai (OCX) visa demonstrar que a identificação entre terrorismo e Islã leva ao equívoco de compreender os grupos terroristas contemporâneos islâmicos, com lógicas próprias, como uma fenômeno só o que leva à imprecisão de atribuir ao terrorismo o caráter de primeiro fenômeno macro-securitizado. Este breve histórico da ascensão do terrorismo na agenda política contemporânea, mediante a análise do processo securitizador tanto na GCT quanto na Organização de Cooperação de Xangai, serve como referência para as análises contidas no trabalho que o leitor tem em mãos, uma vez que o sentido atribuído ao terrorismo só pode ser entendido em termos dos atores políticos envolvidos na sua definição e no contexto em qual o fazem. Na OCX, o verificou-se o entendimento do terrorismo como método de ação de grupos separatistas, o que não corresponde à ideia do terrorismo como lógica de ação contida na GCT.
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Após o Onze de Setembro, o debate expandiu-se e as políticas, e a propaganda, antiterroristas incidiram sobre a sociedade, modificando comportamentos individuais e coletivos. A associação entre Islamismo e terrorismo foi frequente e a Guerra Contra ao Terror (GCT), promovida pela política externa norte-americana de George W. Bush, contribuiu para difundir uma percepção do terrorismo como uma lógica de ação afeita à violência em si. Isso contrasta com a percepção quanto a grupos terroristas de momentos históricos anteriores, cujo recurso ao terrorismo era compreendido como método de ação com valor instrumental para alcançar objetivos políticos diversos, como a emancipação nacional e a desestabilização de regimes políticos estabelecidos. O estudo de caso da Organização de Xangai (OCX) visa demonstrar que a identificação entre terrorismo e Islã leva ao equívoco de compreender os grupos terroristas contemporâneos islâmicos, com lógicas próprias, como uma fenômeno só o que leva à imprecisão de atribuir ao terrorismo o caráter de primeiro fenômeno macro-securitizado. Este breve histórico da ascensão do terrorismo na agenda política contemporânea, mediante a análise do processo securitizador tanto na GCT quanto na Organização de Cooperação de Xangai, serve como referência para as análises contidas no trabalho que o leitor tem em mãos, uma vez que o sentido atribuído ao terrorismo só pode ser entendido em termos dos atores políticos envolvidos na sua definição e no contexto em qual o fazem. Na OCX, o verificou-se o entendimento do terrorismo como método de ação de grupos separatistas, o que não corresponde à ideia do terrorismo como lógica de ação contida na GCT.We wrote about our understanding what terrorism, after the September 2001 attacks, is liking as a logic and a method of action. After September 2001, terrorism has achieved a huge projection and has been integrated as a central theme in both the daily press and in international summit meetings. The phenomena was often historically confined to nations facing this problem. After 9/11, the debate has expanded and the political counter-terrorism propaganda was focused on society changing individual and collective behavior. The association between Islam and terrorism was common and the War on Terror (WOT), promoted by the American foreign policy of George W. Bush, helped to spread a perception of terrorism as an logic action of pure violence itself. The contrast between perception of the terrorist groups in previous historical periods, whose thinking to practice to terrorism was understood as an method of action with instrumental value to achieve different policy objectives, such as national emancipation and the destabilization of established political regimes. This study of Shanghai Organization (SCO) seeks to demonstrate the identification between terrorism and Islam leads to misunderstanding of understanding (a lack of comprehension) between the contemporary Islamic terrorist groups, with their own logic, and as a phenomenon only - which leads inaccurate to attribute terrorism to an first macro-securitized phenomenon character. This brief history of the rise of terrorism in contemporary political agenda has been analyzing the securitizer process both in WOT and the Shanghai Cooperation Organization. This study serves as a reference about our thinking and analyzes terrorism not only can be understood in terms of the political actors involved in its definition but in the context in which they do. The SCO has a understanding about terrorism like a method of action of separatist groups, which does not correspond to the idea of terrorism as an logic of action contained in the WOT doctrine.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade do Estado do Rio de JaneiroCentro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências HumanasBRUERJPrograma de Pós-Graduação em Relações InternacionaisValença, Marcelo Mellohttp://lattes.cnpq.br/0787469048689592Gonçalves, Williams da Silvahttp://lattes.cnpq.br/9799320298040626Silveira, Cláudio de Carvalhohttp://lattes.cnpq.br/7436622994517571Ferreira, Renata Barbosahttp://lattes.cnpq.br/0337835340856809Oliveira, Luciana de Rezende Campos2021-01-07T18:56:30Z2015-09-222014-07-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Luciana de Rezende Campos. 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