Nascer em hospital amigo da criança no Rio de Janeiro: um fator de proteção ao aleitamento materno?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sampaio, Paula Florence
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4399
Resumo: Apesar de existirem evidências suficientes sobre benefícios do aleitamento materno (AM), apenas 35% das crianças são amamentadas exclusivamente até o quarto mês de vida. Visando estender esta prática, OMS/UNICEF lançaram a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), que estabelece sistema de credenciamento para maternidades de acordo com grau de incentivo ao AM. Esta dissertação pretende investigar a efetividade da IHAC na duração de dois tipos de aleitamento materno: exclusivo (AME) e predominante (AMP) entre crianças usuárias de Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Rio de Janeiro. Trata-se de estudo transversal, sendo a população de estudo constituída de 811 mães de crianças menores de 5 meses de idade, selecionadas aleatoriamente em cinco UBS na cidade do Rio de Janeiro. A variável de exposição foi categorizada em local de nascimento ocorridos em HAC, naqueles em vias de receber titulação (EVHAC) e naqueles sem titulação. Os desfechos considerados foram duração do AME e do AMP, que inclui também crianças em AME (AMEP). Na análise dos dados, optou-se pelo modelo log-log complementar, que permitiu recompor experiência longitudinal da coorte através do recordatório alimentar de 7 dias e da informação da idade das mesmas, caracterizando abordagem tipo current status data . Mesmo após controle por variáveis sociodemográficas, relativas ao estilo de vida e aos aspectos psicossociais maternos, à utilização dos serviços de saúde, idade e saúde da criança, houve maior duração do AME e AMEP em crianças nascidas em HAC e EVHAC. As taxas de AME e de AMEP são mais de duas vezes maiores entre recém-nascidos que nasceram em HAC e EVHAC. Tal efeito diminui ao longo da idade da criança, mantendo-se evidente até quatro (EVHAC) e dois (HAC) meses de vida quando se considera AME e até dois (EVHAC) e cinco (HAC) meses quando se considera AMEP. Os resultados confirmam a efetividade da IHAC nesta clientela,especialmente na manutenção de AME e AMEP nos primeiros meses de vida. Estes também sugerem necessidade de fortalecimento da IHAC e maior integração entre maternidades e UBS, visando garantir aleitamento exclusivo até seis meses de vida
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Esta dissertação pretende investigar a efetividade da IHAC na duração de dois tipos de aleitamento materno: exclusivo (AME) e predominante (AMP) entre crianças usuárias de Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Rio de Janeiro. Trata-se de estudo transversal, sendo a população de estudo constituída de 811 mães de crianças menores de 5 meses de idade, selecionadas aleatoriamente em cinco UBS na cidade do Rio de Janeiro. A variável de exposição foi categorizada em local de nascimento ocorridos em HAC, naqueles em vias de receber titulação (EVHAC) e naqueles sem titulação. Os desfechos considerados foram duração do AME e do AMP, que inclui também crianças em AME (AMEP). Na análise dos dados, optou-se pelo modelo log-log complementar, que permitiu recompor experiência longitudinal da coorte através do recordatório alimentar de 7 dias e da informação da idade das mesmas, caracterizando abordagem tipo current status data . Mesmo após controle por variáveis sociodemográficas, relativas ao estilo de vida e aos aspectos psicossociais maternos, à utilização dos serviços de saúde, idade e saúde da criança, houve maior duração do AME e AMEP em crianças nascidas em HAC e EVHAC. As taxas de AME e de AMEP são mais de duas vezes maiores entre recém-nascidos que nasceram em HAC e EVHAC. Tal efeito diminui ao longo da idade da criança, mantendo-se evidente até quatro (EVHAC) e dois (HAC) meses de vida quando se considera AME e até dois (EVHAC) e cinco (HAC) meses quando se considera AMEP. Os resultados confirmam a efetividade da IHAC nesta clientela,especialmente na manutenção de AME e AMEP nos primeiros meses de vida. Estes também sugerem necessidade de fortalecimento da IHAC e maior integração entre maternidades e UBS, visando garantir aleitamento exclusivo até seis meses de vidaAlthough there are sufficient evidences about breastfeeding (BF) benefits, only 35% of infants worldwide are exclusively breastfed during the first four months of life. As an effort to extend BF duration, WHO/UNICEF launched the Baby-Friendly Hospital Initiative (BFHI), which establishes hospitals accreditation as Baby-Friendly Hospitals (BFH) when it meets the Ten Steps for Successful Breastfeeding. This dissertation aims to investigate the effectiveness of the BFHI on exclusive breastfeeding (EBF) and exclusive plus predominant breastfeeding (EPBF) duration. This is a cross-sectional study with collected information throughout interviews of 811 mothers of children under 5 months old, randomly selected at five health centers in Rio de Janeiro. Exposure variable was classified according to hospital s compliance with the Ten Steps. There were three possible status: accredited hospitals (BFH), working in becoming BFH or certified hospitals (CBFH) and hospitals without BFHI accreditation or certification. Outcomes were EBF and EPBF duration. Data was analyzed by complementary log-log transformation models, which allowed capture cohort longitudinal experience through 7-day feeding recordatory and infants age ( current status data ). Even after adjusting analysis for sociodemographic, life style and psychological maternal factors, health service s use and babies age and state of health, there was longer duration of EBF and EPBF of infants born in BFH and CBFH. EBF and EPBF rates were twice higher in newborns born in BFH and CBFH. This protective effect on EBF and EPBF decreases along child s age and it s noticed until four (CBFH) and two (BFH) months of age when EBF is considered and until two (CBFH) and five (EBF) months for EPBF. The finding indicates the effectiveness of BFHI in maintaining EBF and EPBF through the first months of life in this population. In order to extend BF duration until six months of life, as recommended by WHO, it would be necessary not only to strengthen the BFHI but also to develop and encourage more actions in favor of breastfeeding, focusing on primary health care facilitiesUniversidade do Estado do Rio de JaneiroCentro Biomédico::Instituto de Medicina SocialBRUERJPrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaMoraes, Claudia Leitehttp://lattes.cnpq.br/5017497295831399Werneck, Guilherme Loureirohttp://lattes.cnpq.br/7331062615542814Moura, Anna Tereza Miranda Soares dehttp://lattes.cnpq.br/9879301891058503Oliveira, Maria Inês Couto dehttp://lattes.cnpq.br/8645788129588373Sampaio, Paula Florence2020-07-05T16:09:38Z2010-08-022010-03-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSAMPAIO, Paula Florence. Nascer em hospital amigo da criança no Rio de Janeiro: um fator de proteção ao aleitamento materno?. 2010. 93 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas e Saúde; Epidemiologia; Política, Planejamento e Administração em Saúde; Administra) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4399porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJ2024-02-26T23:29:32Zoai:www.bdtd.uerj.br:1/4399Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bdtd.uerj.br/PUBhttps://www.bdtd.uerj.br:8443/oai/requestbdtd.suporte@uerj.bropendoar:29032024-02-26T23:29:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false
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