A redução das ocupações de terra e as mudanças no confronto em torno da reforma agrária no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ |
Texto Completo: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15559 |
Resumo: | This work has as objective to contribute to understanding the relations between the reduction of the number of land occupations and the changes in confrontation over agrarian reform in Brazil. The occupations make up the repertoires of peasant and rural workers organizations since the beginning of 1960‟s. With the establishment of the military regime, after the 1964 coup, this repertoire was undermined, and reemployed at the end of 1970‟s, in the re-democratization period. In the following decades, 1980‟s and 1990‟s, there was a trend to increase the number of occupations, reaching the peak in 1999, when there were 856 occupations. However, from 2005 this trend has reversed, reaching the mark of 116 occupations in 2010. From statistics and comparatives analyzes based on data extracted from primary and secondary sources, it could be stablished that the phenomenon of reduction of occupation is related to at least four social conditions that express the changes in the confrontation over agrarian reform, namely: (1) the change in the political orientation of the organization that mostly employed this repertoire of action over the last three decades; (2) the emergence of repressive governments that do not recognize the occupation as a legitimate means to claim the expropriation and redistribution of land; (3) the reduction of a contingent of individuals willing to engage in land occupations; (4) the weakening of the support of relevant actors to the agrarian reform banner. |
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With the establishment of the military regime, after the 1964 coup, this repertoire was undermined, and reemployed at the end of 1970‟s, in the re-democratization period. In the following decades, 1980‟s and 1990‟s, there was a trend to increase the number of occupations, reaching the peak in 1999, when there were 856 occupations. However, from 2005 this trend has reversed, reaching the mark of 116 occupations in 2010. From statistics and comparatives analyzes based on data extracted from primary and secondary sources, it could be stablished that the phenomenon of reduction of occupation is related to at least four social conditions that express the changes in the confrontation over agrarian reform, namely: (1) the change in the political orientation of the organization that mostly employed this repertoire of action over the last three decades; (2) the emergence of repressive governments that do not recognize the occupation as a legitimate means to claim the expropriation and redistribution of land; (3) the reduction of a contingent of individuals willing to engage in land occupations; (4) the weakening of the support of relevant actors to the agrarian reform banner.Este trabalho tem como objetivo contribuir para a compreensão das relações entre a redução do número de ocupações de terra e as mudanças no confronto em torno da reforma agrária no Brasil. As ocupações compõem o repertório das organizações camponesas e de trabalhadores rurais que vêm reivindicando a profunda transformação da estrutura fundiária brasileira desde o início dos anos 1960. Com o estabelecimento do regime militar, após o golpe de 1964, este repertório foi solapado, voltando a ser empregado no final dos anos 1970, no período de redemocratização Nas décadas seguintes, de 1980 e 1990, houve uma tendência ao aumento do número de ocupações, que alcançou seu ápice no ano de 1999, quando foram realizadas 856 ações deste tipo. Porém, a partir de 2005 esta tendência se inverteu, atingindo a marca de 116 ocupações no ano de 2010. A partir de análises comparativas e estatísticas realizadas com base em dados extraídos de fontes primárias e secundárias, pôde-se estabelecer que o fenômeno da redução das ocupações está relacionado a, pelo menos, quatro condições sociais que expressam as mudanças no confronto em torno da reforma agrária, sendo elas: (1) a mudança na orientação política da organização que mais empregou este repertório de ação ao longo das últimas três décadas; (2) a emergência de governos repressores que não reconhecem a ocupação enquanto um meio legítimo de se reivindicar a desapropriação e redistribuição das terras; (3) a diminuição de um contingente de indivíduos dispostos a se engajar nas ocupações de terra; (4) o arrefecimento do apoio de diversos atores relevantes à bandeira de reforma agrária.Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-07T18:52:29Z No. of bitstreams: 1 dissertacao Ramon Torres.pdf: 794498 bytes, checksum: affe49f988bb030e6253acfd36c0160b (MD5)Made available in DSpace on 2021-01-07T18:52:29Z (GMT). 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