Contra a exceção soberana: uma ética do uso em Giorgio Agamben

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vicenzi, Glenda
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9792
Resumo: This master thesis aims to discuss, within the juridical-political scope, the constructive dimension of Giorgio Agamben s philosophy which can be summarized in the idea of a coming politics . Within the lexicon that constitutes his political project, the concept of use is taken as the central object of this study. Use is treated as an ethical category, which implies a specific mode of subjective relation. In order to introduce the investigation of use, considerations are made on the concept of relation of exception, which is understood here as the logical kernel of the author s thought. In this sense, the concept is assessed in its political the constitution of sovereignty and ontological Aristotle s distinction between actuality and potentiality implications. The notion of use, in turn, is considered as a possible opposition to sovereignty and exception. Agamben s analysis, based on Aristotle s discussion on the uses of the slave s body, is thought as a non-exclusionary ethics in which the action is neither productive nor utilitarian. Moreover, it is implied in the concept of use a contraposition to the idea of property, which reflects a critique of contemporary capitalist societies. As the background of the issue, Agamben s conception of ethics and his idea of inoperosity are also discussed. His ethical stance results in an opposition to the subjectivity structures by guilt, which is recovered in the legal domain. Inoperosity, in turn, is considered in its theological aspect and represents a different treatment of the relation between actuality and potentiality implying a deactivation that opens the world and law, especially to a new use.
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In order to introduce the investigation of use, considerations are made on the concept of relation of exception, which is understood here as the logical kernel of the author s thought. In this sense, the concept is assessed in its political the constitution of sovereignty and ontological Aristotle s distinction between actuality and potentiality implications. The notion of use, in turn, is considered as a possible opposition to sovereignty and exception. Agamben s analysis, based on Aristotle s discussion on the uses of the slave s body, is thought as a non-exclusionary ethics in which the action is neither productive nor utilitarian. Moreover, it is implied in the concept of use a contraposition to the idea of property, which reflects a critique of contemporary capitalist societies. As the background of the issue, Agamben s conception of ethics and his idea of inoperosity are also discussed. His ethical stance results in an opposition to the subjectivity structures by guilt, which is recovered in the legal domain. Inoperosity, in turn, is considered in its theological aspect and represents a different treatment of the relation between actuality and potentiality implying a deactivation that opens the world and law, especially to a new use.Esta dissertação tem o objetivo de discutir, no âmbito jurídico-político, a dimensão propositiva da obra do filósofo italiano Giorgio Agamben resumida na expressão política que vem . Dentre o léxico constitutivo desse projeto político, o conceito de uso é tomado como objeto central desse estudo. O uso é tratado como categoria ética, implicando um modo específico de relação subjetiva. Para ambientar a investigação sobre o uso, são feitas considerações sobre o conceito de relação de exceção, que é compreendido aqui como o núcleo lógico do pensamento do autor. Nesse sentido, o conceito é avaliado em suas implicações políticas por meio da constituição da soberania e ontológicas através do dispositivo aristotélico do ato e da potência. A noção de uso, por sua vez, é considerada como possibilidade de contraposição à soberania e à exceção. A análise de Agamben, baseada na discussão sobre o uso do corpo do escravo em Aristóteles, é pensada como uma ética não excludente, em que a ação não é voltada para a produção e nem tem um sentido utilitário. Ademais, no uso está implicada uma contraposição à ideia de propriedade, o que se reflete em uma crítica das sociedades capitalistas contemporâneas. Como pano de fundo da problemática do uso, a concepção de ética do autor e a noção de inoperosidade também são discutidas. A primeira, resulta em uma oposição à subjetivação estruturada pela culpa, que é restituída ao contexto jurídico. Já a inoperosidade, considerada em seu contexto teológico, representa uma concepção distinta da relação entre ato e potência e implica a desativação que abre o mundo e o direito, especialmente a um novo uso.Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-05T21:21:34Z No. of bitstreams: 1 Glenda Vicenzi_Total.pdf: 1090777 bytes, checksum: 6ecd3d8fbbd5fbdcf0a27922335c91d5 (MD5)Made available in DSpace on 2021-01-05T21:21:34Z (GMT). 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