Variação morfológica e genética em populações de Marmosops incanus (Lund, 1840) (Didelphimorphia, Didelphidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ana Carolina Bezerra
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4952
Resumo: Marmosops incanus is a brazilian endemic didelphid occurring in eastern Brazil, from Sergipe to São Paulo, to the interior of Minas Gerais and Bahia, in Atlantic Forest, Cerrado and Caatinga areas. In this study, at first, it was carried out a literature review to check its status quo, discussing taxonomic history, systematics and morphological, genetic, conservationist, ecological, life history and geographic distribution aspects. Finally, knowledge gaps and suggested perspectives for advancing studies in M. incanus are presented. Something that is not exactly a hiatus, but deserves more attention, is related to the morphological and genetic diversity in the species in previous studies with limitations on the geographical and numerical coverage of the sampling. In these studies the species has great molecular variation that does not match the morphological diversity. Therefore, in a second moment, I had the goal of deepening the investigation of the morphological and genetic diversity in M. incanus throughout its area of occurrence and with a wide sampling of localities and individuals, evaluating whether there is congruence between possible patterns in the new results and comparing them to the literature, to better delineate the structure of the variation in this species. I performed: 1) Phylogeographic analysis with the mitochondrial cytochrome b gene, obtaining phylogenetic trees by different methods (Maximum Parsimony, UPGMA and Maximum Likelihood) and genetic distances between the main formed clades; 2) Morphological analysis of cranial, appendicular skeleton and external characters; 3) Morphometric univariate (Analysis of Variance) and multivariate (Principal Component Analysis), and descriptive analysis of craniodental and external body dimensions measurements. The results constitute solid evidence that it is a taxon with relevant genetic and morphological variation, mainly in more southern groups in relation to the more northern (specially the mountain and south groups of Rio de Janeiro). The species shows strong morphometric variation along its distribution, which is reflected in phylogeography with striking discontinuities and geographically structured populations. This diversity found in M. incanus must also be taken into account for its conservation, with the purpose of protecting and maintaining the morphological and, mainly, genetic legacy. However, in spite of these results, I suggest that M. incanus continue to be treated as a single valid species and that, in a cautious way, taking care for achieving the best possible information to make conclusions about cryptic species enclosed in this taxon, I recommend a more in-depth research on issues that deserve greater attention. I present some future perspectives of study (some already underway) to provide new evidences at the molecular and morphometric level, under new methodological perspectives (Microsatellite Markers, and Canonic Variable Analysis, Discriminant Analysis and Geometric Morphometrics, respectively) and some new approaches on other aspects (Modeling of Species Distribution)
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In this study, at first, it was carried out a literature review to check its status quo, discussing taxonomic history, systematics and morphological, genetic, conservationist, ecological, life history and geographic distribution aspects. Finally, knowledge gaps and suggested perspectives for advancing studies in M. incanus are presented. Something that is not exactly a hiatus, but deserves more attention, is related to the morphological and genetic diversity in the species in previous studies with limitations on the geographical and numerical coverage of the sampling. In these studies the species has great molecular variation that does not match the morphological diversity. Therefore, in a second moment, I had the goal of deepening the investigation of the morphological and genetic diversity in M. incanus throughout its area of occurrence and with a wide sampling of localities and individuals, evaluating whether there is congruence between possible patterns in the new results and comparing them to the literature, to better delineate the structure of the variation in this species. I performed: 1) Phylogeographic analysis with the mitochondrial cytochrome b gene, obtaining phylogenetic trees by different methods (Maximum Parsimony, UPGMA and Maximum Likelihood) and genetic distances between the main formed clades; 2) Morphological analysis of cranial, appendicular skeleton and external characters; 3) Morphometric univariate (Analysis of Variance) and multivariate (Principal Component Analysis), and descriptive analysis of craniodental and external body dimensions measurements. The results constitute solid evidence that it is a taxon with relevant genetic and morphological variation, mainly in more southern groups in relation to the more northern (specially the mountain and south groups of Rio de Janeiro). The species shows strong morphometric variation along its distribution, which is reflected in phylogeography with striking discontinuities and geographically structured populations. This diversity found in M. incanus must also be taken into account for its conservation, with the purpose of protecting and maintaining the morphological and, mainly, genetic legacy. However, in spite of these results, I suggest that M. incanus continue to be treated as a single valid species and that, in a cautious way, taking care for achieving the best possible information to make conclusions about cryptic species enclosed in this taxon, I recommend a more in-depth research on issues that deserve greater attention. I present some future perspectives of study (some already underway) to provide new evidences at the molecular and morphometric level, under new methodological perspectives (Microsatellite Markers, and Canonic Variable Analysis, Discriminant Analysis and Geometric Morphometrics, respectively) and some new approaches on other aspects (Modeling of Species Distribution)Marmosops incanus é um didelfídeo endêmico brasileiro que ocorre no leste do Brasil, de Sergipe a São Paulo, até o interior de Minas Gerais e Bahia, em áreas de Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Neste estudo realizou-se, num primeiro momento, uma revisão de literatura para avaliar seu status quo, discorrendo sobre histórico taxonômico, sistemática e aspectos morfológicos, genéticos, conservacionistas, ecológicos, de história natural e distribuição geográfica. Por fim, são apresentadas lacunas do conhecimento e sugeridas perspectivas para o avanço do estudo de M. incanus. Algo que não é propriamente um hiato, mas merece mais atenção, é relativo à diversidade morfológica e genética da espécie em estudos anteriores com limitações quanto à abrangência geográfica e numérica da amostragem. Nestes estudos a espécie tem grande variação molecular não acompanhada de diversidade morfológica. Assim, num segundo momento, objetivei aprofundar a investigação da diversidade morfológica e genética em M. incanus ao longo de toda a sua área de ocorrência e com uma ampla amostragem de localidades e indivíduos, avaliando se existe congruência entre possíveis padrões nos novos resultados e confrontando-os com a literatura, para melhor delinear a estrutura da variação nesta espécie. Realizei: 1) Análises filogeográficas com o gene mitocondrial citocromo b, obtendo árvores filogenéticas por diferentes métodos (Máxima Parcimônia, UPGMA e Máxima Verossimilhança) e distâncias genéticas entre os principais clados formados; 2) Análises morfológicas de caracteres do crânio, esqueleto apendicular e externos; 3) Análises morfométricas uni (Análise de Variância) e multivariadas (Análise de Componentes Principais), e descritivas, de medidas craniodentárias e de dimensões corpóreas externas. Os resultados constituem evidências sólidas de que se trata de um táxon com variação genética e morfológica relevante, principalmente nos grupos mais ao sul em relação aos mais ao norte (em especial o grupo serrano e sul do Rio de Janeiro). A espécie mostra forte variação morfométrica ao longo da sua distribuição, que se reflete numa filogeografia com descontinuidades marcantes e populações geograficamente estruturadas. Esta diversidade encontrada em M. incanus deve ser levada em consideração também para fins de sua conservação, com o intuito de proteger e manter o legado morfológico e, principalmente, genético. No entanto, apesar destes resultados, sugiro que M. incanus continue sendo tratada como uma única espécie válida e que, de maneira cautelosa, zelando pela melhor informação possível para fins de conclusões sobre espécies crípticas encerradas neste táxon, recomendo uma investigação mais arguta sobre aspectos que merecem atenção maior. Apresento algumas perspectivas futuras de estudo (algumas já em curso) para fornecer novas envidências a nível molecular e morfométrico, sob novas perspectivas metodológicas (Marcadores Microssatélites, e Análises de Variáveis Canônicas, Análise Discriminante e Morfometria Geométrica, respectivamente) e algumas novas abordagens sobre outros aspectos (Modelagem de Distribuição de Espécies). Palavras-chave: Variação intraespecífica. Didelfídeo. Citocromo b. Morfometria. Morfologia. Brasil.Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2020-11-08T17:28:30Z No. of bitstreams: 1 Ana Carolina Bezerra Silva_PPGEE_completa.pdf: 12756773 bytes, checksum: b4191f2486898299552a6eee24ed8ff6 (MD5)Made available in DSpace on 2020-11-08T17:28:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ana Carolina Bezerra Silva_PPGEE_completa.pdf: 12756773 bytes, checksum: b4191f2486898299552a6eee24ed8ff6 (MD5) Previous issue date: 2018-02-27Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorapplication/pdfporUniversidade do Estado do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ecologia e EvoluçãoUERJBRCentro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara GomesIntraspecific variationDidelphidCytochrome b. MorphometricsMorphologyBrazilVariação intraespecíficaDidelfídeoCitocromo b. MorfometriaMorfologiaBrasilMarsupial BrasilMarsupial MorfologiaMamíferoCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAVariação morfológica e genética em populações de Marmosops incanus (Lund, 1840) (Didelphimorphia, Didelphidae)Morphological and genetic variation in populations of Marmosops incanus (Lund, 1840) (Didelphimorphia, Didelphidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJORIGINALAna Carolina Bezerra Silva_PPGEE_completa.pdfapplication/pdf12756773http://www.bdtd.uerj.br/bitstream/1/4952/1/Ana+Carolina+Bezerra+Silva_PPGEE_completa.pdfb4191f2486898299552a6eee24ed8ff6MD511/49522024-02-26 16:13:52.936oai:www.bdtd.uerj.br:1/4952Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bdtd.uerj.br/PUBhttps://www.bdtd.uerj.br:8443/oai/requestbdtd.suporte@uerj.bropendoar:29032024-02-26T19:13:52Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false
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