Participação das células osteoprogenitoras e da matriz extracelular na regeneração de defeitos ósseos com aplicação de enxertos xenógeno e alógeno

• Autor(a) principal: Santos, Ivonete Sena dos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
• Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19388
• topic: Osteoblasts; Extracellular matrix; Nanomaterials; Hydroxyapatite; β-calcium triphosphate; Osteoconduction; Osteoinduction; Osteoblastos; Matriz extracelular; Nanomateriais; Hidroxiapatita; β-trifosfato de cálcio; Osteocondução; Osteoindução; CIENCIAS BIOLOGICAS::FISIOLOGIA::FISIOLOGIA DE ORGAOS E SISTEMAS

O defeito ósseo pode ter como causas: traumas faciais, atrofia óssea alveolar, reabsorção do osso alveolar, cânceres e tumores que levam a desconforto e alterações das funções. Vários materiais são propostos para a enxertia óssea, porém apresentam limitações quanto às propriedades requeridas para osteogênese. A reconstrução destes defeitos são um desafio para a engenharia tecidual. A indústria tem inovado, oferecendo biomateriais com mais de uma fase, visando combinar as propriedades dos diversos materiais para obter a osteocondução e a osteoindução, além de investir na nanotecnologia, que oferece biomateriais com características capazes de mimetizar a estrutura óssea. O objetivo deste estudo foi comparar um material xenogênico à base de hidroxiapatita (HA) micrométrica, com um biomaterial alogênico à base de HA e β-trifosfato de cálcio, nanométricos. Após criação de um defeito ósseo crítico, na calvária de ratos Wistar foram inseridos: xenomaterial no grupo BO, alogênico material no grupo REG e outro grupo controle (CTRL) sem inserção de material, apenas coágulo. Para avaliação geral das estruturas, foi realizada a coloração para HE. Além disso, foi realizada a coloração para Tricrômico de Goldner e imunomarcação para OPN para avaliação das áreas ossificadas e imunomarcação para VEGF para observar a formação de vasos sanguíneos. A coloração foi realizada para HE pelo método regressivo e para o Tricrômico de Goldner foram usados hematoxilina férrica de Weigert, corante Ponceau Acid Fuchsin, ácido fosfomolibdico orange G e solução light-green. Nas imunomarcações foram realizadas a recuperação antigênica. Na imunomarcação para OPN foi usado o anticorpo primário anti-Osteopontina (Santa Cruz, sc-21742), diluído em PBS/BSA a 1% (1:200) e para VEGF foi usado o anticorpo primário anti-VEGF (Santa Cruz, sc-1876), diluído em PBS/BSA a 1% (1:100), ambos, foram incubados com estreptavidina VECTASTAIN® Universal Quick HRP Kit). Os dados foram analisados usando o ANOVA one-way, seguido pelo teste não paramétrico Kruskal-Wallis (p < 0,05) e pós-teste de Dunn. O resultado da análise histológica com HE e Tricrômico de Goldner e imunomarcação para OPN e VEGF mostrou apenas fibras colágenas no grupo CTRL, enquanto no Grupo BO e REG observamos o biomaterial associado a tecido conjuntivo e áreas ossificadas. No grupo REG, a observação da marcação com OPN mostrou enclausuramento de células com características de osteoblastos em área com tecido recentemente ossificado. A análise histomorfométrica apresentou diferença estatística significante ao comparar o grupo REG e CTRL com OPN, VEGF e coloração por Tricrômico de Goldner. A média de áreas coradas com Tricômico de Goldner, OPN e VEGF foram expressivamente maiores no grupo REG. A conclusão foi que o biomaterial alogênico, com partículas nanométricas é perfeitamente adequado para utilização na reconstrução de tecidos ósseos; a produção de VEGF, que favorece a angiogênese, e da OPN, que indica ossificação, foi maior no grupo com biomaterial alogênico e a manutenção do coágulo, apenas, não favoreceu a osteogênese.