NECROPOLÍTICA: Estratégias de extermínio do corpo negro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pessanha, Eliseu Amaro de Melo
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: do Nascimento, Wanderson Flor
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Odeere
Texto Completo: https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/4327
Resumo: Este artigo tem a pretensão de analisar a construção de alguns processos conceituais que levaram a justificativa da legitimação da dominação, subjugação e eliminação do corpo de seres humanos de pele escura, especificamente oriundas do continente africano e as respectivas terras para onde foram levados a força para serem escravizados. Ao receberem a alcunha de negro pelo colonizador europeu o africano começa a ser inserido em um estágio de construção de não-ser, não-humanidade e não-racionalidade, classificado dessa forma o seu corpo (a força de trabalho) foi utilizado como combustível para o desenvolvimento do capitalismo. Um corpo que poderia ser utilizado e descartado assim que se tornasse inútil para ser explorado. Mesmo após o sistema econômico escravagista ter sido extinto as estratégias de eliminação do corpo negro não cessaram. Agora, como ameaça biológica, os sistemas políticos contemporâneos, atualizando técnicas coloniais, executam em forma de necropolíticas (politicas da morte) para exterminação desse corpo negro. Palavras-chave: corpo, morte, necropolítica.
id UESB-5_c2dd9985551e5b566b44e90f854d3a2e
oai_identifier_str oai:periodicos.periodicos2.uesb.br:article/4327
network_acronym_str UESB-5
network_name_str Revista Odeere
repository_id_str
spelling NECROPOLÍTICA: Estratégias de extermínio do corpo negroNECROPOLITICS: Strategy of extermination of the black bodyNECROPOLÍTICA: Estrategias de exterminio del cuerpo negrocorpomortenecropolíticaEste artigo tem a pretensão de analisar a construção de alguns processos conceituais que levaram a justificativa da legitimação da dominação, subjugação e eliminação do corpo de seres humanos de pele escura, especificamente oriundas do continente africano e as respectivas terras para onde foram levados a força para serem escravizados. Ao receberem a alcunha de negro pelo colonizador europeu o africano começa a ser inserido em um estágio de construção de não-ser, não-humanidade e não-racionalidade, classificado dessa forma o seu corpo (a força de trabalho) foi utilizado como combustível para o desenvolvimento do capitalismo. Um corpo que poderia ser utilizado e descartado assim que se tornasse inútil para ser explorado. Mesmo após o sistema econômico escravagista ter sido extinto as estratégias de eliminação do corpo negro não cessaram. Agora, como ameaça biológica, os sistemas políticos contemporâneos, atualizando técnicas coloniais, executam em forma de necropolíticas (politicas da morte) para exterminação desse corpo negro. Palavras-chave: corpo, morte, necropolítica.This article intends to analyze the construction of some conceptual processes that have led to the justification of the legitimation of the domination, subjugation and elimination of the dark-skinned human beings, specifically from the African continent and the respective lands where they were taken to be enslaved. Upon receiving the nickname of Negro by the European colonizer the African begins to be inserted into a stage of non-being, nonhumanity and non-rationality, thus being classified as his body (the labor force) as fuel for the development of capitalism. A body that could be used and disposed of as soon as it became useless to be exploited. Even after the slavery economic system was extinguished the strategies of elimination of the black body did not cease. Now, as a biological threat, contemporary political systems, updating colonial techniques, perform in the form of necropolises (politics of death) to exterminate this black body. Keywords: body, death, necropolitics.Este artículo pretende analizar la construcción de algunos procesos conceptuales que condujeron a la justificación de la legitimación de la dominación, subyugación y eliminación del cuerpo de los humanos de piel oscura, específicamente del continente africano y las tierras respectivas a las que fueron llevados por la fuerza. ser esclavizado Al recibir el apodo de negro por el colonizador europeo, el africano comienza a insertarse en una etapa de construcción del no ser, la no humanidad y la no racionalidad, por lo que clasificó su cuerpo (la fuerza laboral) como combustible. El desarrollo del capitalismo. Un cuerpo que podría ser usado y desechado tan pronto como se volviera inútil para ser explorado. Incluso después de que se extinguió el sistema económico de esclavos, las estrategias de eliminación del cuerpo negro no cesaron. Ahora, como amenaza biológica, los sistemas políticos contemporáneos, que actualizan las técnicas coloniales, se ejecutan en forma de necropolítica (políticas de muerte) para exterminar a este cuerpo negro. Palabras clave: cuerpo, muerte, necropolítica.Edições UESB2018-12-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/432710.22481/odeere.v3i6.4327ODEERE; Vol. 3 Núm. 6 (2018): Afrofilosofias e saberes diaspóricos: filosofias pretas nas palmas das mãos; 149-176ODEERE; Vol. 3 No. 6 (2018): Afrofilosophies and diasphoric knowledge: black philosophies on the palms of hands; 149-176ODEERE; v. 3 n. 6 (2018): Afrofilosofias e saberes diaspóricos: filosofias pretas nas palmas das mãos; 149-176ODEERE; Vol. 3 No. 6 (2018): Afrofilosofias e saberes diaspóricos: filosofias pretas nas palmas das mãos; 149-1762525-4715reponame:Revista Odeereinstname:Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)instacron:UESBporhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/4327/3625Copyright (c) 2021 ODEEREhttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPessanha, Eliseu Amaro de Melodo Nascimento, Wanderson Flor2021-07-24T13:09:28Zoai:periodicos.periodicos2.uesb.br:article/4327Revistahttp://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/indexPUBhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/oairevistaodeere@uesb.edu.br||2525-47152525-4715opendoar:2021-07-24T13:09:28Revista Odeere - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)false
dc.title.none.fl_str_mv NECROPOLÍTICA: Estratégias de extermínio do corpo negro
NECROPOLITICS: Strategy of extermination of the black body
NECROPOLÍTICA: Estrategias de exterminio del cuerpo negro
title NECROPOLÍTICA: Estratégias de extermínio do corpo negro
spellingShingle NECROPOLÍTICA: Estratégias de extermínio do corpo negro
Pessanha, Eliseu Amaro de Melo
corpo
morte
necropolítica
title_short NECROPOLÍTICA: Estratégias de extermínio do corpo negro
title_full NECROPOLÍTICA: Estratégias de extermínio do corpo negro
title_fullStr NECROPOLÍTICA: Estratégias de extermínio do corpo negro
title_full_unstemmed NECROPOLÍTICA: Estratégias de extermínio do corpo negro
title_sort NECROPOLÍTICA: Estratégias de extermínio do corpo negro
author Pessanha, Eliseu Amaro de Melo
author_facet Pessanha, Eliseu Amaro de Melo
do Nascimento, Wanderson Flor
author_role author
author2 do Nascimento, Wanderson Flor
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pessanha, Eliseu Amaro de Melo
do Nascimento, Wanderson Flor
dc.subject.por.fl_str_mv corpo
morte
necropolítica
topic corpo
morte
necropolítica
description Este artigo tem a pretensão de analisar a construção de alguns processos conceituais que levaram a justificativa da legitimação da dominação, subjugação e eliminação do corpo de seres humanos de pele escura, especificamente oriundas do continente africano e as respectivas terras para onde foram levados a força para serem escravizados. Ao receberem a alcunha de negro pelo colonizador europeu o africano começa a ser inserido em um estágio de construção de não-ser, não-humanidade e não-racionalidade, classificado dessa forma o seu corpo (a força de trabalho) foi utilizado como combustível para o desenvolvimento do capitalismo. Um corpo que poderia ser utilizado e descartado assim que se tornasse inútil para ser explorado. Mesmo após o sistema econômico escravagista ter sido extinto as estratégias de eliminação do corpo negro não cessaram. Agora, como ameaça biológica, os sistemas políticos contemporâneos, atualizando técnicas coloniais, executam em forma de necropolíticas (politicas da morte) para exterminação desse corpo negro. Palavras-chave: corpo, morte, necropolítica.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-12-30
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/4327
10.22481/odeere.v3i6.4327
url https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/4327
identifier_str_mv 10.22481/odeere.v3i6.4327
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/4327/3625
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 ODEERE
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 ODEERE
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Edições UESB
publisher.none.fl_str_mv Edições UESB
dc.source.none.fl_str_mv ODEERE; Vol. 3 Núm. 6 (2018): Afrofilosofias e saberes diaspóricos: filosofias pretas nas palmas das mãos; 149-176
ODEERE; Vol. 3 No. 6 (2018): Afrofilosophies and diasphoric knowledge: black philosophies on the palms of hands; 149-176
ODEERE; v. 3 n. 6 (2018): Afrofilosofias e saberes diaspóricos: filosofias pretas nas palmas das mãos; 149-176
ODEERE; Vol. 3 No. 6 (2018): Afrofilosofias e saberes diaspóricos: filosofias pretas nas palmas das mãos; 149-176
2525-4715
reponame:Revista Odeere
instname:Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
instacron:UESB
instname_str Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
instacron_str UESB
institution UESB
reponame_str Revista Odeere
collection Revista Odeere
repository.name.fl_str_mv Revista Odeere - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
repository.mail.fl_str_mv revistaodeere@uesb.edu.br||
_version_ 1797067755052072960