A memória afro diaspórica feminina como metodologia para pesquisa em educação
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Práxis Educacional (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/9269 |
Resumo: | O artigo apresentado pretende, de forma preliminar, discutir a importância do uso da memória feminina diaspórica e das narrativas em entrevistas sobre as vivências de mulheres negras, enquanto fonte privilegiada para intepretação das nuances de suas vidas relacionadas aos processos de educação. As lembranças, a partir das narrativas de mulheres negras sobre determinados contextos do passado escravista até os dias atuais, constituem uma prática libertadora ao se posicionarem durante os registros dolorosos sobre a família e o cotidiano, marcado pela opressão e exclusão social. Quanto mais melanina suas peles refletem, mais forte e incisiva é a rejeição de suas existências, provavelmente por seus corpos negros retintos estarem associados historicamente à ancestralidade africana. Embora sejam inúmeras as possibilidades de análise para a pesquisa em Educação, com o uso da oralidade e memória escrita, sugerimos alguns caminhos metodológicos para arguição das informações. Como por exemplo, a pesquisa qualitativa compreensiva proposta por Crusoé (2014) e Amado; Crusoé (2017), com base na análise de conteúdo de Bardin (2011; 1977). Para escrita deste trabalho utilizamos alguns teóricos que serão apresentados ao longo do texto, tais como: Le Goff (1994); Nora (1993); Pollak (1989); Evaristo (2016; 2007), Moreira (2007); Fonseca e Souza (2006); Jesus (2000); Geertz (1978); Barreto (2018); Candau (2019); Streck (2006); Delgado (2007); Bosi (1994); Clark (2019); Figueiredo (2009); Soares (2006); Maldonado-Torres (2018). |
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A memória afro diaspórica feminina como metodologia para pesquisa em educaçãoMemoria femenina afrodaspórica como metodología para la investigación en educaciónAfro diasporic female memory as a methodology for research in educationEducaçãoMemória feminina diaspóricaMetodologia da pesquisaEducaciónMemoria femenina de la diásporaMetodología de investigaciónEducationDiaspora female memoryResearch methodologyO artigo apresentado pretende, de forma preliminar, discutir a importância do uso da memória feminina diaspórica e das narrativas em entrevistas sobre as vivências de mulheres negras, enquanto fonte privilegiada para intepretação das nuances de suas vidas relacionadas aos processos de educação. As lembranças, a partir das narrativas de mulheres negras sobre determinados contextos do passado escravista até os dias atuais, constituem uma prática libertadora ao se posicionarem durante os registros dolorosos sobre a família e o cotidiano, marcado pela opressão e exclusão social. Quanto mais melanina suas peles refletem, mais forte e incisiva é a rejeição de suas existências, provavelmente por seus corpos negros retintos estarem associados historicamente à ancestralidade africana. Embora sejam inúmeras as possibilidades de análise para a pesquisa em Educação, com o uso da oralidade e memória escrita, sugerimos alguns caminhos metodológicos para arguição das informações. Como por exemplo, a pesquisa qualitativa compreensiva proposta por Crusoé (2014) e Amado; Crusoé (2017), com base na análise de conteúdo de Bardin (2011; 1977). Para escrita deste trabalho utilizamos alguns teóricos que serão apresentados ao longo do texto, tais como: Le Goff (1994); Nora (1993); Pollak (1989); Evaristo (2016; 2007), Moreira (2007); Fonseca e Souza (2006); Jesus (2000); Geertz (1978); Barreto (2018); Candau (2019); Streck (2006); Delgado (2007); Bosi (1994); Clark (2019); Figueiredo (2009); Soares (2006); Maldonado-Torres (2018).The article presented intends, in a preliminary way, to discuss the importance of using diaporic female memory and narratives in interviews about the experiences of black women, as a privileged source for interpreting the nuances of their lives related to education processes. The memories, based on the narratives of black women about certain contexts from the slavery past to the present day, constitute a liberating practice as they position themselves during the painful records about the family and daily life, marked by oppression and social exclusion. The more melanin their skin reflects, the stronger and more incisive is the rejection of their existence, probably because their dark black bodies are historically associated with African ancestry. Although there are countless possibilities of analysis for research in Education, with the use of orality and written memory, we suggest some methodological ways to argue the information. For example, the comprehensive qualitative research proposed by Crusoé (2014) and Amado; Crusoé (2017), based on Bardin's (2011; 1977) content analysis. To write this work we use some theorists that will be presented throughout the text, such as: Le Goff (1994); Nora (1993); Pollak (1989); Evaristo (2016; 2007), Moreira (2007); Fonseca and Souza (2006); Jesus (2000); Geertz (1978); Barreto (2018); Canada (2019); Streck (2006); Delgado (2007); Bosi (1994); Clark (2019); Figueiredo (2009); Soares (2006); Maldonado-Torres (2018).El artículo presentado pretende, de manera preliminar, discutir la importancia de utilizar la memoria y narrativas femeninas diapóricas en entrevistas sobre las vivencias de las mujeres negras, como una fuente privilegiada para interpretar los matices de sus vidas relacionados con los procesos educativos. Los recuerdos, basados en las narrativas de mujeres negras sobre ciertos contextos desde el pasado esclavista hasta la actualidad, constituyen una práctica liberadora al posicionarse durante los dolorosos registros sobre la vida familiar y cotidiana, marcados por la opresión y la exclusión social. Cuanto más melanina refleja su piel, más fuerte e incisivo es el rechazo de su existencia, probablemente porque sus cuerpos negros oscuros están históricamente asociados con la ascendencia africana. Si bien existen innumerables posibilidades de análisis para la investigación en Educación, con el uso de la oralidad y la memoria escrita, sugerimos algunas formas metodológicas de argumentar la información. Por ejemplo, la investigación cualitativa integral propuesta por Crusoé (2014) y Amado; Crusoé (2017), basado en el análisis de contenido de Bardin (2011; 1977). Para escribir este trabajo utilizamos algunos teóricos que se presentarán a lo largo del texto, como: Le Goff (1994); Nora (1993); Pollak (1989); Evaristo (2016; 2007), Moreira (2007); Fonseca y Souza (2006); Jesús (2000); Geertz (1978); Barreto (2018); Canadá (2019); Streck (2006); Delgado (2007); Bosi (1994); Clark (2019); Figueiredo (2009); Soares (2006); Maldonado-Torres (2018). Edições UESB2021-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/926910.22481/praxisedu.v17i48.9269Práxis Educacional; v. 17 n. 48 (2021): Dossiê - Pesquisa em educação: abordagens em Portugal e Brasil; 78-94Práxis Educacional; Vol. 17 Núm. 48 (2021): Monográfico - Investigación en educación: enfoques en Portugal y Brasil; 78-94Práxis Educacional; Vol. 17 No. 48 (2021): Issue - Research in education: approaches in Portugal and Brazil; 78-942178-26791809-0249reponame:Práxis Educacional (Online)instname:Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)instacron:UESBporhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/9269/6142Copyright (c) 2021 Práxis Educacionalhttp://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSoares, Cecilia Conceição MoreiraJorge, Grácia Lorena da Silva2021-10-07T22:05:19Zoai:periodicos.periodicos2.uesb.br:article/9269Revistahttp://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/indexPUBhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/oaipraxisedu@uesb.edu.br||2178-26791809-0249opendoar:2021-10-07T22:05:19Práxis Educacional (Online) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)false |
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O artigo apresentado pretende, de forma preliminar, discutir a importância do uso da memória feminina diaspórica e das narrativas em entrevistas sobre as vivências de mulheres negras, enquanto fonte privilegiada para intepretação das nuances de suas vidas relacionadas aos processos de educação. As lembranças, a partir das narrativas de mulheres negras sobre determinados contextos do passado escravista até os dias atuais, constituem uma prática libertadora ao se posicionarem durante os registros dolorosos sobre a família e o cotidiano, marcado pela opressão e exclusão social. Quanto mais melanina suas peles refletem, mais forte e incisiva é a rejeição de suas existências, provavelmente por seus corpos negros retintos estarem associados historicamente à ancestralidade africana. Embora sejam inúmeras as possibilidades de análise para a pesquisa em Educação, com o uso da oralidade e memória escrita, sugerimos alguns caminhos metodológicos para arguição das informações. Como por exemplo, a pesquisa qualitativa compreensiva proposta por Crusoé (2014) e Amado; Crusoé (2017), com base na análise de conteúdo de Bardin (2011; 1977). Para escrita deste trabalho utilizamos alguns teóricos que serão apresentados ao longo do texto, tais como: Le Goff (1994); Nora (1993); Pollak (1989); Evaristo (2016; 2007), Moreira (2007); Fonseca e Souza (2006); Jesus (2000); Geertz (1978); Barreto (2018); Candau (2019); Streck (2006); Delgado (2007); Bosi (1994); Clark (2019); Figueiredo (2009); Soares (2006); Maldonado-Torres (2018). |
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