A invenção da retórica ou a transgressão dos limites do mundo fechado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nicolas, Loïc
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: EID&A - Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação
Texto Completo: http://periodicos.uesc.br/index.php/eidea/article/view/1143
Resumo: Este artigo objetiva estudar a arte retórica e sua invenção na Grécia Antiga em termos de transgressão. Minha análise enfoca a figura do inventor desta arte, ou seja, o sofista. De Platão aos dias de hoje, ele é o oponente do filósofo e o amiga da doxa - o senso comum. O sofista representa, ainda hoje, um problema filosófico e, ademais, um problema de significado. Ele é, acima de tudo, um corruptor de mentes, um fornecedor de argumentos inadequados e um artesão de mentiras: uma ameaça para a sociedade. Contudo, nós precisamos tentar ir além e considerar sua abordagem retórica. O sofista, de forma mais profunda, é visto como um encrenqueiro, porque ele subverte as evidências e as certezas de um mundo fechado. Acerca dos deuses, da sociedade e das leis, ele sempre faz uma pergunta a mais, abrindo o mundo e propondo a transgressão de seus limites e fronteiras. Ele convida os cidadãos, acerca de qualquer tópico, para uma jornada orientada a argumentos possíveis e provas retóricas. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é mostrar que não são exatamente as ideias dos sofistas que são problemáticas, mas a jornada que ele viabiliza ao ensinar as ferramentas da argumentação.
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