(Auto)biografia e autoria no caldeirão do Bruxo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mitidieri, André Luis
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Litterata
Texto Completo: http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/652
Resumo: O presente trabalho dispõe-se primeiramentea situar o "mito autobiográfico", lançado por Mário deAlencar logo após o falecimento de Machado de Assis.Seguida tanto por críticos quanto por biógrafos, a ideiade que o escritor se projetaria em suas personagensperdura até o silenciamento que lhe impõe a críticamodernista. Rever, entre outros, os trabalhos deAugusto Meyer e Lúcia Miguel-Pereira, elaborados nosanos de 1930, permite demonstrar que a reabilitação daperspectiva biográfica desempenha importante papelna futura difusão da obra machadiana. Até a décadade 1960, embora revigorado por visões filosóficos existencialistase sob vigilância da nova crítica exercidanas universidades, o ângulo biográfico não deixa deassinalar uma das dimensões de análise à produção deMachado - leitura cognitiva, existencial ou expressiva.A essa vem somar-se, a partir de finais dos anos 60do século XX, a leitura mimética, representativa ousociológica. Por sua vez, a leitura construtiva ouformal, marcada por abordagens interdiscursivas dodiscurso narrativo e inaugurada com o influxo dosaportes pós-estruturalistas no Brasil, vai convivercom uma nova dimensão para estudos do ficcionistacarioca - a transitiva ou relacional, focada na crítica ena recepção da obra junto ao leitor. Os dois últimostipos de leitura mencionados permitem indicar, nosromances de Machado, uma presença nada gratuita degêneros (auto)biográfi cos reconhecidos como tais, sejacomo procedimento dialógico e/ou interdiscursivo,seja como pilar estruturante dos textos ficcionais.
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