A dificuldade de ser: uma leitura do corpo envelhecido no conto “Agda”, de Hilda Hilst

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Raquel
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Litterata
Texto Completo: http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/538
Resumo: corpo envelhecido – uma das mais constantes representações do corpo nas narrativas de autoria feminina – é o núcleo ao redor do qual se organiza “Agda”, conto de abertura da obra Qadós (1973), de Hilda Hilst. A narrativa nos apresenta o percurso doloroso de descoberta e assunção da velhice empreendido via linguagem por Agda, narradora e protagonista, em cujo discurso verborrágico se entrecruzam sem demarcação nítida vozes de outros personagens com os quais convive ou conviveu. Segundo Beauvoir (1990), a velhice é uma realidade revelada ao indivíduo primeiramente pelo outro e, só depois, interiorizada, de modo que, a fi m de demonstrarmos como a narrativa se tece temática e estruturalmente em torno desse corpo-núcleo, isolaremos e analisaremos a enunciação de Agda (o ponto de vista da interioridade) e a dos que a circundam (o ponto de vista da exterioridade). Assim procedendo, poderemos delinear os estágios por que passa Agda no processo de interiorização de sua nova condição, os quais necessariamente lidam com as diferentes formas de relacionamento da protagonista com seu novo corpo. O percurso linguístico de Agda mostrará ao final uma reflexão contundente acerca da morte que se aproxima e uma peregrinação metafísica em busca do sentido de sua existência.
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