Da absolvição pelo amor
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Litterata |
Texto Completo: | http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/1206 |
Resumo: | Pode o amor redimir a existência? Partindo da visão clássica de amor expressa em O banquete, de Platão, buscamos aqui colocar em perspectiva as questões que se abrem nas estrofes finais dos cantos V e X da epopeia camoniana, trechos em que um sentimento de pessimismo parece distanciar o poeta de sua posição inicial de orgulho. Para a problematização dessa ruptura, propomos uma rápida análise de temas históricos e sociais do reino português no contexto do renascimento. Sem ser possível encerrar a questão nessa análise, sobressai a dissidência do poeta em relação ao pragmatismo material de seu tempo, confirmada na concepção mitológica da Natureza expressa em sua obra. A apreciação do episódio da “insula divina”, presente nos cantos IX e X do poema, e a ideia de “procriação no belo” e a contemplação da “grande máquina do mundo” surgem para resolver o problema. Resta ainda prever as reverberações desse destino em Mensagem, de Fernando Pessoa. O que no renascentista pudemos perceber como uma solução que tendia para a ideologia de expansão da natureza nas formas interventoras de figuras mitológicas, em Fernando Pessoa revelou-se como a designação de um destino ainda (ou novamente) porvir. |
id |
UESC-3_4bc593c8d8ae9eb71fa50ca9b64d2ffe |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1206 |
network_acronym_str |
UESC-3 |
network_name_str |
Litterata |
repository_id_str |
|
spelling |
Da absolvição pelo amorPode o amor redimir a existência? Partindo da visão clássica de amor expressa em O banquete, de Platão, buscamos aqui colocar em perspectiva as questões que se abrem nas estrofes finais dos cantos V e X da epopeia camoniana, trechos em que um sentimento de pessimismo parece distanciar o poeta de sua posição inicial de orgulho. Para a problematização dessa ruptura, propomos uma rápida análise de temas históricos e sociais do reino português no contexto do renascimento. Sem ser possível encerrar a questão nessa análise, sobressai a dissidência do poeta em relação ao pragmatismo material de seu tempo, confirmada na concepção mitológica da Natureza expressa em sua obra. A apreciação do episódio da “insula divina”, presente nos cantos IX e X do poema, e a ideia de “procriação no belo” e a contemplação da “grande máquina do mundo” surgem para resolver o problema. Resta ainda prever as reverberações desse destino em Mensagem, de Fernando Pessoa. O que no renascentista pudemos perceber como uma solução que tendia para a ideologia de expansão da natureza nas formas interventoras de figuras mitológicas, em Fernando Pessoa revelou-se como a designação de um destino ainda (ou novamente) porvir. Editus2016-11-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/1206Litterata: Revista do Centro de Estudos Hélio Simões; v. 6 n. 1 (2016): Discurso ficcional e narrativas históricas; 69-802526-48502237-0781reponame:Litteratainstname:Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)instacron:UESCporhttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/1206/1024Copyright (c) 2016 Renato Pardal Capristanoinfo:eu-repo/semantics/openAccessCapristano, Renato Pardal2017-10-26T20:24:00Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1206Revistahttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/oai2526-48502237-0781opendoar:2017-10-26T20:24Litterata - Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Da absolvição pelo amor |
title |
Da absolvição pelo amor |
spellingShingle |
Da absolvição pelo amor Capristano, Renato Pardal |
title_short |
Da absolvição pelo amor |
title_full |
Da absolvição pelo amor |
title_fullStr |
Da absolvição pelo amor |
title_full_unstemmed |
Da absolvição pelo amor |
title_sort |
Da absolvição pelo amor |
author |
Capristano, Renato Pardal |
author_facet |
Capristano, Renato Pardal |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Capristano, Renato Pardal |
description |
Pode o amor redimir a existência? Partindo da visão clássica de amor expressa em O banquete, de Platão, buscamos aqui colocar em perspectiva as questões que se abrem nas estrofes finais dos cantos V e X da epopeia camoniana, trechos em que um sentimento de pessimismo parece distanciar o poeta de sua posição inicial de orgulho. Para a problematização dessa ruptura, propomos uma rápida análise de temas históricos e sociais do reino português no contexto do renascimento. Sem ser possível encerrar a questão nessa análise, sobressai a dissidência do poeta em relação ao pragmatismo material de seu tempo, confirmada na concepção mitológica da Natureza expressa em sua obra. A apreciação do episódio da “insula divina”, presente nos cantos IX e X do poema, e a ideia de “procriação no belo” e a contemplação da “grande máquina do mundo” surgem para resolver o problema. Resta ainda prever as reverberações desse destino em Mensagem, de Fernando Pessoa. O que no renascentista pudemos perceber como uma solução que tendia para a ideologia de expansão da natureza nas formas interventoras de figuras mitológicas, em Fernando Pessoa revelou-se como a designação de um destino ainda (ou novamente) porvir. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-11-11 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/1206 |
url |
http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/1206 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/1206/1024 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2016 Renato Pardal Capristano info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2016 Renato Pardal Capristano |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editus |
publisher.none.fl_str_mv |
Editus |
dc.source.none.fl_str_mv |
Litterata: Revista do Centro de Estudos Hélio Simões; v. 6 n. 1 (2016): Discurso ficcional e narrativas históricas; 69-80 2526-4850 2237-0781 reponame:Litterata instname:Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) instacron:UESC |
instname_str |
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) |
instacron_str |
UESC |
institution |
UESC |
reponame_str |
Litterata |
collection |
Litterata |
repository.name.fl_str_mv |
Litterata - Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1798313128059994112 |