Literatura e história em Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Litterata |
Texto Completo: | http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/2768 |
Resumo: | O ensaio analisa Um defeito de cor, romance histórico de Ana Maria Gonçalves, baseado em extensa pesquisa nos acervos da Bahia e em carta dirigida a um amigo por Luis Gama, grande poeta abolicionista negro. Nessa carta, Gama refere-se a sua mãe como Luísa Mahin, mulher altiva e lutadora, cuja imagem, embora não validada pelos historiadores, consolidou-se como mito libertário do feminismo negro. Tendo como background a história brasileira entre os últimos anos da escravidão e o Império de Pedro II, o texto narra a trajetória de Luísa e de centenas de outros personagens em diferentes estratos da escala social. De escrava estuprada, passa a escrava de ganho, compra sua alforria e torna-se grande comerciante, espécie de “sinhá negra”, finalmente regressada à África. Do ponto de vista literário, além dos rasgos estilísticos, o ensaio analisa o romance como exemplo de um novo realismo e da chamada “virada visual”, a forte associação entre imagens visuais e a riqueza de descrições. Concluindo, o ensaio considera a relação de complementariedade entre os discursos da Literatura e da História. O ensaio analisa Um defeito de cor, romance histórico de Ana Maria Gonçalves, baseado em extensa pesquisa nos acervos da Bahia e em carta dirigida a um amigo por Luis Gama, grande poeta abolicionista negro. Nessa carta, Gama refere-se a sua mãe como Luísa Mahin, mulher altiva e lutadora, cuja imagem, embora não validada pelos historiadores, consolidou-se como mito libertário do feminismo negro. Tendo como background a história brasileira entre os últimos anos da escravidão e o Império de Pedro II, o texto narra a trajetória de Luísa e de centenas de outros personagens em diferentes estratos da escala social. De escrava estuprada, passa a escrava de ganho, compra sua alforria e torna-se grande comerciante, espécie de “sinhá negra”, finalmente regressada à África. Do ponto de vista literário, além dos rasgos estilísticos, o ensaio analisa o romance como exemplo de um novo realismo e da chamada “virada visual”, a forte associação entre imagens visuais e a riqueza de descrições. Concluindo, o ensaio considera a relação de complementariedade entre os discursos da Literatura e da História. |
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Literatura e história em Um defeito de cor, de Ana Maria GonçalvesO ensaio analisa Um defeito de cor, romance histórico de Ana Maria Gonçalves, baseado em extensa pesquisa nos acervos da Bahia e em carta dirigida a um amigo por Luis Gama, grande poeta abolicionista negro. Nessa carta, Gama refere-se a sua mãe como Luísa Mahin, mulher altiva e lutadora, cuja imagem, embora não validada pelos historiadores, consolidou-se como mito libertário do feminismo negro. Tendo como background a história brasileira entre os últimos anos da escravidão e o Império de Pedro II, o texto narra a trajetória de Luísa e de centenas de outros personagens em diferentes estratos da escala social. De escrava estuprada, passa a escrava de ganho, compra sua alforria e torna-se grande comerciante, espécie de “sinhá negra”, finalmente regressada à África. Do ponto de vista literário, além dos rasgos estilísticos, o ensaio analisa o romance como exemplo de um novo realismo e da chamada “virada visual”, a forte associação entre imagens visuais e a riqueza de descrições. Concluindo, o ensaio considera a relação de complementariedade entre os discursos da Literatura e da História. O ensaio analisa Um defeito de cor, romance histórico de Ana Maria Gonçalves, baseado em extensa pesquisa nos acervos da Bahia e em carta dirigida a um amigo por Luis Gama, grande poeta abolicionista negro. Nessa carta, Gama refere-se a sua mãe como Luísa Mahin, mulher altiva e lutadora, cuja imagem, embora não validada pelos historiadores, consolidou-se como mito libertário do feminismo negro. Tendo como background a história brasileira entre os últimos anos da escravidão e o Império de Pedro II, o texto narra a trajetória de Luísa e de centenas de outros personagens em diferentes estratos da escala social. De escrava estuprada, passa a escrava de ganho, compra sua alforria e torna-se grande comerciante, espécie de “sinhá negra”, finalmente regressada à África. Do ponto de vista literário, além dos rasgos estilísticos, o ensaio analisa o romance como exemplo de um novo realismo e da chamada “virada visual”, a forte associação entre imagens visuais e a riqueza de descrições. Concluindo, o ensaio considera a relação de complementariedade entre os discursos da Literatura e da História.Editus2021-05-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/2768Litterata: Revista do Centro de Estudos Hélio Simões; v. 10 n. 1 (2020): Literaturas em português no século XXI: entre a história e a ficção; 80-962526-48502237-0781reponame:Litteratainstname:Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)instacron:UESCporhttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/2768/2110Copyright (c) 2021 Solange Ribeiro de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessde Oliveira, Solange Ribeiro2021-05-25T20:43:39Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2768Revistahttp://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/oai2526-48502237-0781opendoar:2021-05-25T20:43:39Litterata - Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)false |
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